Cidade do Vaticano, 17 nov 2015 (Eclesia) – O Papa reforçou hoje os apelos à preservação da identidade cristã com uma vida coerente e evitar as “tentações de uma vida mundana” que levam à duplicidade.
“[A mundanidade] É difícil conhecê-la desde o início porque é como a traça que lentamente destrói, degrada o tecido que se torna inutilizável aquele homem que se deixa levar pela mundanidade perde a identidade cristã”, disse, na Eucaristia a que presidiu na Capela da Casa de Santa Marta.
Francisco frisou que a mundanidade espiritual “afasta da coerência de vida”, torna a pessoa incoerente porque “finge ser de certa maneira mas vive de outra”.
O Papa explicou que Jesus é o “único” que pode salvar e pediu “coragem” indicando qual é a “humilde oração” que cada um deve rezar.
“Senhor, sou pecador, na verdade, somos todos, mas peço o Seu sustento, me dê o Seu sustento para que por um lado não finja ser cristão e, por outro, viva como um pagão, como um mundano”, revelou.
Francisco destacou que o espírito cristão, a identidade cristã, “nunca é egoísta” e procura “sempre” proteger com a sua própria coerência, “evitar o escândalo, cuidar dos outros, dar um bom exemplo”, como Eleazar, o protagonista da Primeira leitura.
A partir da liturgia do dia, o Papa deu como exemplo Eleazar que “não se deixa enfraquecer pelo espírito da mundanidade” e, aos 90 anos, preferia morrer a render-se “à apostasia do pensamento único”.
“Não aceitou comer carne suína como lhe pediam seus ‘amigos mundanos’. Mantém a dignidade com a nobreza de uma vida coerente, vai ao martírio, e testemunha”, acrescentou, sobre a leitura do segundo Livro dos Macabeus (6, 18-31).
No final da homilia, Francisco incentivou a ler a Bíblia, mais propriamente a história de Eleazar porque “vai fazer bem”.
“Vai dar coragem para ser exemplo a todos e também força e sustento para levar adiante a identidade cristã, sem comprometimentos, sem vida dupla”, acrescentou o Papa.
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