Lisboa, 14 nov 2015 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Portuguesa classificou hoje os atentados terroristas de Paris como uma “ação monstruosa” e defendeu a necessidade de uma ação conjunta entre todas as nações para derrotar uma ameaça que é comum.
“Tem que haver urgentemente uma concertação das nações, independentemente dos posicionamentos estratégicos que possam ter, em termos políticos porque se trata de uma situação que está a alastrar pelo mundo”, salientou Eugénio Fonseca, em declarações concedidas à Agência ECCLESIA.
Uma série de ataques bombistas e armados, esta sexta-feira à noite, entretanto já reivindicados pelo grupo Estado Islâmico, espalharam o terror na capital francesa.
Os últimos dados apontam para 128 mortos e mais de 250 feridos, em atentados levados a cabo em vários pontos de Paris, por exemplo perto do Stade de France, onde decorria um jogo particular entre a França e a Alemanha, a também numa sala de espetáculos a poucos quilómetros do recinto desportivo.
A estratégia terá sido atacar onde havia uma maior concentração de pessoas.
Eugénio Fonseca espera que “se descubra o mais depressa possível os autores diretos destes atentados e que estes sejam exemplarmente responsabilizados”.
O presidente da Cáritas Portuguesa ressalva no entanto que não será apenas pela via bélica que se encontrarão soluções sustentadas para esta crise, que já não deixa ninguém segura.
“A Europa está a ser a opção escolhida mas a caminharmos por aqui nenhum país estará ileso de vir a sofrer estes horrores”, salienta o responsável pela organização católica.
PR/JCP