Sessão de estudo analisou formas de trabalho em rede
Lisboa, 11 nov 2015 (Ecclesia) – O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral Social afirmou à Agência ECCLESIA que é necessário fazer “renascer” um trabalho em rede “mais construtivo e criativo” na atenção e nas respostas às necessidades de pessoas e comunidades.
Para o padre José Manuel Pereira de Almeida, é necessário “todas as questões sociais estarem articuladas numa mesma capacidade de compreender a fragilidade e cuidado como lugares de expressão da caridade exigente da Igreja”.
“Temos de pretender uma sociedade mais justa e mais fraterna, anunciar essa possibilidade em termos de empregos, de trabalho, de justiça”, disse o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral Social durante a sessão de estudo ‘Fragilidade e Cuidado: Uma Igreja atenta aos pobres’, que decorreu em Lisboa no último sábado.
Para D. José Traquina, da Comissão Episcopal Pastoral Social e Mobilidade Humana, o tema ‘Fragilidade e Cuidado: Uma Igreja atenta aos pobres’ “é importante” porque se trata de pessoas que “precisam de ser cuidadas” e esta é uma dimensão que “não pode ser estranha à Igreja”.
“A nossa sociedade será tanto mais justa na medida em que incluir a atenção às pessoas pobres, doentes, que têm deficiência, tornar-se-á melhor”, referiu.
Os cerca de 70 participantes da sessão de estudo dividiram-se por três workshops temáticos: ‘Os refugiados, Portugal e a Igreja’; ‘Da fragilidade à comunhão’, sobre o Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência, e o Motu Próprio ‘Intima Ecclesiae natura’ do Papa Bento XVI sobre o serviço da caridade.
“É um documento oficial que não podemos ignorar porque são indicações concretas sobre a organização da caridade. No fundo é procurar que as nossas paróquias não tenham a liturgia e a evangelização muito bem organizadas mas também a caridade”, observou o padre José Manuel Pereira de Almeida.
O secretário da Comissão Episcopal da Pastoral Social da Conferência Episcopal Espanhola apresentou a Instrução Pastoral ‘Igreja, servidora dos pobres’ que oferece “soluções possíveis e compromissos sociais” mas também esperança para as comunidades cristãs e “todos os que queriam escutar esta reflexão”, aplicáveis à realidade portuguesa.
“Procurar uma reconversão das estruturas de assistência, uma implementação da Cáritas nas paróquias; procurar uma maior formação sociopolítica; propor vias de trabalho em rede com instituições sociais, não só cristãs, católicas, mas toda a sociedade”, destacou o padre Fernando Fuentes Alcántara, neste encontro.
CB/PR