Setúbal: Força Aérea acolheu imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima

Comandante da unidade destacou a importância da fé e da figura do capelão para a «estabilidade social» dos militares

Montijo, Setúbal, 26 out 2015 (Ecclesia) – Centenas de militares da Base Aérea do Montijo, na Diocese de Setúbal, acolheram hoje a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, no âmbito da visita que esta tem vindo a realizar a todas as regiões do país.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o bispo das Forças Armadas e de Segurança destacou a receção a uma figura, Maria, que “depois de Jesus é a mais alta em valores” e que por isso “pode ser uma boa referência para a Força Aérea”.

“A palavra de ordem da Força Aérea é sempre mais alto e este sempre mais alto pode entender-se em muitos aspetos, também na busca da qualidade, da subida de vida em valores, da preocupação pelos outros, da segurança, da liberdade mas também das buscas e salvamentos”, salientou D. Manuel Linda.

Durante a receção à imagem peregrina, foram condecorados alguns militares que no exercício da sua missão arriscaram a sua vida “para que outros fossem salvos”.

Para o capelão-chefe da Força Aérea portuguesa, padre Joaquim Martins, esta visita veio ainda dar mais “força e coragem” aos militares para que prossigam o seu caminho, mesmo no meio das “dificuldades”.

Sobre a importância dos capelães no meio militar, o sacerdote frisou que, através deste trabalho, a Igreja quer dizer a estas pessoas, não só da Força Aérea mas também das outras Forças de Segurança, “que têm alguém que está ao lado deles, que se preocupa com eles e sobretudo que os ouve”.

“É lógico que não podemos socorrer todos mas ajudamos muitos e isso é que é importante, tanto no aspeto religioso como humano”, sustentou.

A Força Aérea tem como padroeira a Nossa Senhora do Ar e as caudas dos aviões portugueses ostentam sempre a Cruz de Cristo.

O comandante da Base Aérea do Montijo saudou a passagem da imagem de Nossa Senhora de Fátima pela unidade como “a continuidade de uma tradição cristã” muito enraizada no meio militar.

De acordo com António Temporão, a componente da “fé”, potenciada em cada unidade pela figura do capelão, é essencial para o sucesso dos projetos onde estes homens e mulheres, todos os dias, se envolvem.

“Em alturas de conflito, o capelão é o enfermeiro da mente, a pessoa que quando fraquejamos ou a saudade aumenta, nos dá alento; em tempo de paz, é um homem que nos apoia e dá espirito de alegria; na perspetiva de quem tem de comandar, o capelão é os olhos e os ouvidos da estabilidade social da unidade; e é também o elo de ligação com a comunidade local, que os militares têm a responsabilidade de ajudar”, concluiu.

Presentes na cerimónia estiveram muitos familiares dos militares, que esta segunda-feira de manhã acompanharam o cortejo da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, de carro, pela Base da Força Aérea do Montijo.

JCP

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