Primeiras conclusões da investigação iniciada em 2013 chegam agora ao público
Fátima, Santarém, 12 out 2015 (Ecclesia) – O reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, apresentou hoje em conferência de imprensa os resultados do estudo material da Imagem de Nossa Senhora de Fátima venerada na Capelinha das Aparições, iniciado em 2013.
A investigação deixou, segundo a instituição, “um conjunto de recomendações que visam a redução do impacto dos fatores de risco a que a Imagem está exposta”.
Em conferência de imprensa, o padre Carlos Cabecinhas disse que o Santuário está a “considerar todos os cenários” para garantir a “preservação da imagem”.
“Temos a consciência de que as atuais circunstâncias em que a imagem está exposta à veneração dos fiéis colocam problemas de conservação”, acrescentou o responsável.
Uma das medidas pode passar por proteger a imagem “numa redoma que a isole um pouco mais”, sem que haja intenção de “prescindir” da mesma nas procissões.
A imagem tinha saído do Santuário para ser estudada no Instituto Politécnico de Tomar, nos dias 3 e 4 de junho de 2013.
Segundo os dados divulgados hoje, a imagem datada de 1920 é “ricamente decorada com ouro de 22 quilates e com incrustações de diamantes e outras gemas”.
O estudo permitiu ainda conhecer “pequenos danos no revestimento polícromo, como estalados, fissuras, desgastes e destacamentos pontuais da camada estratigráfica”, danos esses que “resultam essencialmente do manuseamento e deslocação da imagem em contexto litúrgico, assim como das condições ambientais, de temperatura e de humidade relativa, a que está diariamente sujeita”.
O Santuário esclarece que “as equipas envolvidas estão a preparar um plano de conservação”, que será inserido na publicação a editar sobre este estudo, que será apresentada “quando o plano estiver completado”.
Entre as instituições envolvidas neste estudo, encontram-se, para além do Museu do Santuário de Fátima, os Laboratórios de Conservação e Restaura, de Fotografia e de Vídeo do Instituto Politécnico de Tomar, o Laboratório Hercules da Universidade de Évora, o Centro de Física Atómica da Universidade de Lisboa, e os Laboratórios da Unidade de Investigação & Desenvolvimento GeoBioTEc, da Universidade de Aveiro.
SISF/OC