Médio Oriente: Vaticano alerta para «crise humana» que atinge 15 milhões de refugiados e deslocados sírios e iraquianos

Bispos e instituições de solidariedade na região recebidos pelo Papa antes de reunião de trabalho

Cidade do Vaticano, 17 set 2015 (Ecclesia) – O Vaticano promove hoje uma reunião sobre a “crise humana” que atinge 15 milhões de refugiados e deslocados sírios e iraquianos no Médio Oriente.

A sala de imprensa da Santa Sé anunciou que o Conselho Pontifício ‘Cor Unum’, responsável pela promoção das atividades caritativas da Igreja, convidou os bispos e os organismos católicos de solidariedade da região.

A iniciativa visa “analisar a situação das comunidades cristãs residentes nos países atingidos pela guerra”, para promover “a sinergia” entre os vários organismos eclesiais.

A nota oficial da Santa Sé recorda a “gravidade” da crise síria e iraquiana – com mais de 250 mil mortos e 1 milhão de feridos -, perante a qual a Igreja Católica reagiu através da atividade diplomática e de “programas de ajuda e assistência humanitária”.

“Os refugiados internos são 7,6 milhões na Síria e mais de 3 milhões no Iraque; há 4 milhões de refugiados sírios em toda a área do Médio Oriente, em particular 1,9 milhões na Turquia; 1,1 milhões no Líbano; mais de 600 mil na Jordânia”, pode ler-se.

A reunião do Vaticano vai contar com intervenções do prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandri, e o subsecretário das Nações Unidas para as questões humanitárias, Stephen O’Brien.

Outros responsáveis da Santa Sé, das Igrejas locais e da Cáritas vão falar aos participantes sobre a ação promovida pela Igreja Católica no apoio às vítimas dos conflitos no Médio Oriente.

O encontro acontece num momento em que vários países da União Europeia estão a reintroduzir controlos das fronteiras, para conter o afluxo de refugiados.

O controlo de fronteiras, previsto no Acordo de Schengen pode ser ativado, em caso de “emergência”, por um primeiro período de 10 dias, renovável até um máximo de dois meses, esclareceu hoje a porta-voz da Comissão Europeia para a Política Interna, Natasha Bertaud.

OC

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