Cuba: Governo indulta 3522 presos pela viagem pastoral do Papa

Francisco visita ilha entre 19 e 22 de setembro

Havana, 11 set 2015 (Ecclesia) – O Conselho de Estado de Cuba vai assinalar a visita do Papa Francisco com um indulto que abrange 3522 presos, “com efeito em 72 horas”, divulgou esta quinta-feira o jornal ‘Granma’, o órgão oficial do Partido Comunista cubano.

“Entre os libertados encontram-se pessoas com mais de 60 anos de idade; jovens menores de 20 anos sem antecedentes criminais; doentes crónicos; mulheres e muitos que chegaram ao fim do definido para terem liberdade condicional em 2016. Alguns dos que trabalhavam em regime aberto, como estrangeiros, desde que o país de origem garante o repatriamento”, específica o jornal.

Os indultos também tiveram presente os factos pelos quais os presos foram punidos, o comportamento na prisão, o tempo de cárcere e ainda questões de saúde.

No caso dos presos estrangeiros, o respetivo ministério vai coordenar, com representação diplomática em Cuba do país em questão, “as medidas para a sua partida definitiva”.

O jornal ‘Granma’ divulga ainda que o Governo de Cuba incluiu exceções na lista de indultos, “por razões humanitárias”.

Francisco é terceiro Papa a visitar o país nos últimos 17 anos; por ocasião da visita de São João Paulo II, em 1998, foram indultados 200 presos; a visita pastoral do Papa emérito Bento XVI beneficiou cerca de 400 detidos, em 2012.

O Papa argentino parte do Vaticano para a capital de Cuba, Havana, a 19 de setembro, onde vai ter lugar a cerimónia de boas-vindas e no dia seguinte, vai presidir à Missa na Praça da Revolução, antes de se encontrar com presidente cubano Raul Castro.

A agenda desse domingo inclui também uma oração com membros do clero e religiosos e ainda uma saudação aos jovens, no Centro Cultural Padre Félix Varela.

Na segunda-feira dia 21, o Papa continua a visita pastoral na localidade de Holguín, onde vai celebrar a Eucaristia na Praça da Revolução local para abençoar a cidade.

Depois parte para Santiago onde vai reunir com os bispos e rezar no santuário mariano nacional da Virgem da Caridade do Cobre, a padroeira do país.

É no mesmo santuário, com uma Missa, que se inicia o programa de dia 22, antes de um encontro com as famílias na catedral de Santiago e da cerimónia de despedida.

CB/OC

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