Igreja/Política: Bispo de Angra incentiva portugueses a «escolhas concretas» nas eleições

D. António de Sousa Braga recorda «obrigação de votar»

Angra do Heroísmo, Açores, 03 set 2015 (Ecclesia) – O bispo da Diocese de Angra publicou uma nota pastoral em que apela ao voto nas eleições legislativas de 4 de outubro de 2015 e alerta que a situação atual nacional “exige escolhas concretas dos portugueses”.

“Para o cristão, a obrigação de votar é tão séria como o de ir à Missa ao Domingo. Aliás, se para alguém fosse incompatível ir votar e ir à Missa, prevaleceria a obrigação de votar, que não é tão frequente como a Missa Dominical”, escreve D. António de Sousa Braga, citado pelo portal diocesano ‘Igreja Açores’.

Na Nota Pastoral ‘Votar: dever do cidadão’, sobre as próximas eleições legislativas, o bispo de Angra frisa que um cristão “que quer ser cidadão responsável e comprometido” não pode deixar de ir votar, no dia das eleições”.

“Tanto mais na situação atual, que exige que os portugueses façam escolhas concretas, que definam o seu futuro”, observa, alertando que no dia 4 de outubro não pode se pode deixar que seja “uma minoria” a escolher os deputados ao Parlamento Português e consequentemente o próximo Governo.

Por isso, D. António de Sousa Braga acrescenta que cada um “tem de assumir as próprias responsabilidades e escolher, votando”.

No documento, o prelado recorda que os bispos salientaram a “necessidade da sociedade portuguesa assentar numa base comum de valores sociais e humanistas”, citando o comunicado final da última Assembleia Plenária da Conferência Episcopal.

O prelado destaca também as palavras de alerta do Papa Francisco sobre o emprego, no final da audiência geral de 19 de agosto: “A gestão do emprego é uma grande responsabilidade humana e social, que não pode ser deixada nas mãos de poucos ou descarregada num mercado divinizado… As políticas laborais têm de ser desenhadas em função do bem comum, em vez do lucro de poucos ou do mercado.”

Neste contexto, o bispo açoriano contextualiza que o bem comum é, “por definição, o bem de todos” e adverte que “não pode ser deixado nas mãos invisíveis da economia de mercado”.

“A sociedade europeia precisa do contributo da visão humanista da Doutrina Social da Igreja, que tem a sua aplicação na realização dos princípios da solidariedade e da subsidiariedade”, concluiu D. António de Sousa Braga, citando novamente o Papa, na Nota Pastoral ‘Votar: dever do cidadão’, publicada online.

CB/OC

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