Jubileu: Papa pede «grande amnistia» para os presos

Francisco apresenta disposições para vivência do Ano Santo da Misericórdia

Cidade do Vaticano, 01 set 2015 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje a uma “grande aministia” para os presos, durante o próximo Jubileu da Misericórdia (dezembro 2015-novembro 2016), para promover a reinserção destas pessoas na sociedade.

“O Jubileu constituiu sempre a oportunidade de uma grande amnistia, destinada a envolver muitas pessoas que, mesmo merecedoras de punição, todavia tomaram consciência da injustiça perpetrada e desejam sinceramente inserir-se de novo na sociedade, oferecendo o seu contributo honesto”, escreve, numa carta endereçada a D. Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização.

Francisco dirige uma palavra particular aos que “experimentam a limitação da sua liberdade”, deixando votos de que a todos eles “chegue concretamente a misericórdia do Pai que quer estar próximo de quem mais necessita do seu perdão”.

Nesse sentido, determina que nas capelas das prisões seja possível obter a “indulgência” própria deste Ano Santo extraordinário.

“Todas as vezes que passarem pela porta da sua cela, dirigindo o pensamento e a oração ao Pai, que este gesto signifique para eles a passagem pela Porta Santa, porque a misericórdia de Deus, capaz de mudar os corações, consegue também transformar as grades em experiência de liberdade”, escreve.

O Papa afirma o seu desejo de que este Jubileu seja para todos “um verdadeiro momento de encontro com a misericórdia de Deus” e uma “experiência viva da proximidade do Pai”, para que a fé de cada crente “se revigore e assim o testemunho se torne cada vez mais eficaz”.

A carta precisa que, para viver e obter a indulgência, os fiéis são chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta Santa, aberta em cada catedral ou nas igrejas estabelecidas pelo bispo diocesano, e nas quatro Basílicas Papais em Roma, “como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão”.

A indulgência é definida no Código de Direito Canónico e no Catecismo da Igreja Católica como “a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada” pela Confissão.

O Papa recorda a tradição da Igreja de associar a obtenção dessa indulgência “ao Sacramento da Reconciliação e à celebração da santa Eucaristia”, bem como à oração pelas suas intenções.

Francisco alude ainda à “riqueza” contida nas obras de misericórdia corporais e espirituais, que levam ao “compromisso a viver de misericórdia para alcançar a graça do perdão completo e exaustivo pela força do amor do Pai que não exclui ninguém”.

A mensagem dirige-se aos doentes e às pessoas idosas e sós, que muitas vezes não podem sair de casa, convidando-os a “viver a doença e o sofrimento como experiência de proximidade ao Senhor”.

OC

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