Setúbal: 40 anos depois permanece o desafio de construir uma «casa para todos»

Diretor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa fala em «contextos de quase guetização»

Lisboa, 16 jul 2015 (Ecclesia) – O diretor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, diz que o 40.º aniversário da Diocese de Setúbal deve ser uma oportunidade para atentar ao “contexto social específico” daquele território.

Num texto publicado na nova edição do Semanário ECCLESIA, João Costa recorda “os níveis de pobreza” que marcam a região e a diversidade que a carateriza.

“Convivem em Setúbal contextos urbanos, contextos rurais, contextos fortemente industrializados, contextos de nível socioeconómico alto, contextos de comunidades migrantes, contextos de quase guetização”, aponta o docente, para quem a Igreja Católica deve ter como prioridade “chegar a todas estas realidades”.

“Só vale a pena ter Diocese se houver um projeto comum e esse projeto único tem de ser construído a partir desta realidade plural riquíssima, valorizando-se a diversidade como um trunfo e não como um problema”, complementa.

Natural da região sadina e “pouco mais velho do que a diocese”, João Costa recorda que “a denúncia” destas condicionantes e a defesa “plena da Doutrina Social da Igreja foram e são fundamentais no ADN da diocese”.

“À minha geração cabe continuá-la, honrar a sua matriz e, sobretudo, colaborar para que ela seja casa de todos, espaço para todos”, conclui o também Chefe Regional do Corpo Nacional de Escutas de Setúbal.

A Diocese de Setúbal foi criada a 16 de julho de 1975, através da bula (documento oficial) «Studentes Nos», do Papa Paulo VI, data que marcou também o nascimento da Diocese de Santarém.

Com aproximadamente 1500 Km2 de extensão, a diocese sadina alberga hoje cerca de 717 mil habitantes, distribuídos por 9 concelhos e 55 paróquias.

JCP

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