Declaração de Coimbra da Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos pede uma «sociedade justa e sustentável, com trabalho para todos»
Lisboa, 06 julh 2015 (Ecclesia) – A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos realizou um Encontro Nacional este domingo, em Coimbra, declarando oposição à “precariedade, desemprego e pobreza”, que podem ser uma “mistura explosiva”.
“Não à precariedade, desemprego, pobreza, três referências da sociedade atual que podem ser uma mistura explosiva”, afirma a ‘Declaração de Coimbra’ da LOC/MTC enviada hoje à Agência ECCLESIA.
A LOC interroga-se no documento se não está na hora dos “trabalhadores cristãos e seus pastores se levantarem e se insurgirem publicamente” porque “se mata para sempre o emprego de adultos na força da vida e se deixam os jovens, anos a fio, à espera de nada” e porque “se corta nas pensões dos reformados e os idosos são reduzidos a sobrantes, a descartáveis”.
“A sociedade pode ser mais justa quando proporcionar a todos os cidadãos oportunidades para se desenvolverem como pessoas, tendo para isso acesso aos meios políticos, económicos, educativos, culturais e espirituais, indispensáveis”, afirma a ‘Declaração de Coimbra’.
A LOC/MTC denuncia o facto dos trabalhadores estarem “cada vez mais pobres e sem condições de vida digna”, sentindo-se “desmotivados, deprimidos e empurrados a aceitar, muitas vezes, situações que vão contra a sua dignidade”.
“Não ter uma ‘ocupação com sentido’, um trabalho digno, é terreno propício para o aparecimento do álcool, prostituição, roubo, violência, desprezo generalizado pela vida, suicídio”, declara o documento, lembrando também que “muitas crianças vão para a escola com fome.
Para os trabalhadores cristãos, uma das “notas mais relevantes” da atual situação política e social é a “frieza, a falta de pudor e de respeito pela dignidade das pessoas por parte dos governantes”.
“A falta de ética e de moral de quem nos governa, as trapalhadas contínuas, a mentira, as decisões em cima do joelho, os casos frequentes de corrupção de altos funcionários do Estado e de políticos, desenvolvem o sentimento popular de descrédito na ação política, nos partidos e, pior ainda, no sistema democrático”
A LOC/MTC compromete-se a valorizar nas próximas eleições “medidas concretas” de atenção às “necessidades sociais” e à “economia real”.
“Nas eleições que se aproximam iremos valorizar medidas concretas que proponham prioridade às necessidades sociais em lugar dos interesses dos grupos financeiros e económicos, e subordinem a economia financeira às necessidades da economia real e do bem comum”, lê-se na ‘Declaração de Coimbra’.
De acordo com o documento divulgado pela Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos, há mais de 1 milhão de desempregados, com “a agravante” de 80% não terem subsídio de desemprego, “20% há mais de 2 anos”
PR