Media: Vaticano reforma comunicação sem manter «estilos antigos em tecnologias modernas»

D. Cláudio Celli defendeu a necessidade de chegar às periferias do setor

Praga, 19 jun 2015 (Ecclesia) – O presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais (CPCS) afirmou hoje que a reorganização da comunicação no Vaticano vai responder às mudanças culturais, criar sinergias entre as diferentes plataformas e atender às “periferias tecnológicas”.

“O panorama comunicativo tornou-se pouco a pouco um ambiente de vida. E esta é a grande mudança cultural que exige reflexão e mudanças concretas”, disse D. Cláudio Celli num encontro promovido pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE).

No encontro que reúne em Praga, na República Checa, responsáveis por gabinetes de imprensa, porta-vozes e secretários das Conferências Episcopais da Europa, o arcebispo italiano referiu que não se podem manter “estilos antigos em tecnologias modernas”.

Para D. Cláudio Celli, “o coração da reforma que tem de haver no Vaticano não é organizativo, nem económico, nem tecnológico, mas missionário”.

O presidente do CPCS defendeu ainda que tem de existir uma “colaboração entre os media que estão ao serviço da Santa Sé”, coordenada, para que exista uma “integração crescente da comunicação escrita, sonora e visual”.

O membro da Cúria Romana afirmou que “comunicar não significa transmitir informação, mas partilhar” e que “a informação e a comunicação da Santa Sé tem de responder a este dever de partilha”.

Numa comunicação sobre ‘A reforma das estruturas de comunicação do Vaticano: a relação entre a Santa Sé e as Conferências Episcopais’, o responsável pelo Conselho Pontifício do setor sublinhou a necessidade de serem criadas “sinergias”, existir uma comunicação fluida e “sem necessidades especiais de configuração”.

“O que não fizermos por virtude, as tensões atuais da comunicação vão obrigação a fazer”, observou.

D. Cláudio Celli defendeu ainda a necessidade de chegar às “periferias tecnológicas” para comunicar com os “habitantes do continente digital” que “possivelmente” apenas podem conhecer o Evangelho se for anunciado nesse ambiente.

“A Igreja não pode falar somente de si mesma, mas partir ao encontro dos outros”, sublinhou.

O presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais lembrou que o Papa criou uma comissão para a reforma dos media do Vaticano, após a conclusão dos trabalhos do comité que analisou os meios de comunicação social na Santa Sé, por proposta do conselho consultivo dos cardeais.

A nova comissão tem como presidente monsenhor Dario Edoardo Viganò, diretor do Centro Televisivo do Vaticano e conta entre os seus membros com o padre Antonio Spadaro, diretor da revista jesuíta ‘La Civiltà Cattolica’, e monsenhor Paul Tighe, secretário do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais.

PR/OC

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