Igreja/Família: Francisco aconselha casais em dificuldades

Papa diz que é preciso pensar «sempre» nos filhos e sublinha importância das diferenças homem-mulher

Cidade do Vaticano, 14 jun 2015 (Ecclesia)- O Papa encontrou-se hoje com mais de 20 mil fiéis da Diocese de Roma na Praça de São Pedro, perante os quais sublinhou a importância das diferenças homem-mulher e aconselhou os casais em dificuldade a pensar nos filhos.

“Nunca, nunca falem mal um do outro aos filhos, nunca! Eles são as primeiras vítimas desta luta e – permitam-me a expressão – deste ódio, muitas vezes, entre os dois. Os filhos são sagrados, não lhes façam mal”, pediu, durante a abertura do congresso eclesial da capital italiana.

Francisco sublinhou que é “muito doloroso” quando uma família vive em “tensão”, sem a conseguir resolver, ou numa “fratura” que não se cura.

“Um pai e uma mãe têm de o dever de pedir ajuda, por si e pelos filhos”, assinalou, numa intervenção muito aplaudida.

“Pensai sempre nos filhos, pensai sempre nos filhos”, referiu ainda.

O Papa disse aos presentes que quando a separação parece “inevitável”, a Igreja continua a trazer estes pais “no coração” e a sua missão educativa “não se interrompe”.

“Sois e sereis sempre pais e mães, que não podem viver juntos devido a feridas, problemas. Procurai sempre um acordo, uma colaboração, uma harmonia pelo bem e pela felicidade dos vossos filhos. Por favor, não usem os filhos como reféns”, apelou.

Francisco sustentou que a vocação dos pais se funda na “diversidade bíblica do masculino e feminino”.

“Esta é a primeira e mais fundamental diferença, constitutiva do ser humano. É uma riqueza, as diferenças são riquezas”, disse.

O Papa falou a catequistas, sacerdotes, agentes pastorais e sobretudo aos pais, a quem é dedicado particularmente este congresso eclesial.

Francisco defendeu um “renascimento moral e espiritual” para Roma, contraindo o relativismo que faz do Evangelho “uma ideia” sem vida.

Nesse sentido, a intervenção alertou contra “colonizações ideológicas” que prejudicam a sociedade e “envenenam a alma e a família”.

“Os filhos, antes de viver numa casa feita de tijolos, moram noutra casa, ainda mais essencial: moram no amor recíproco dos pais”, afirmou.

A palavra final foi para os avós, com elogios para a sua “sabedoria”, pedindo que as famílias não se envergonhem deles, porque são “uma riqueza”.

OC

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Agência ECCLESIA

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