Bispo de Bragança-Miranda sublinha importância da religiosidade popular
Lisboa, 12 jun 2015 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda considera que o dia da festa do padroeiro “não pode ser um dia de evasão” e deve ser integrado no “dinamismo da evangelização”.
D. José Cordeiro realçou à Agência ECCLESIA que em determinados locais as festas “transformam-se em simples entretenimento” e com “outros interesses comerciais e lúdicos e não tanto a vivência cristã”.
Em entrevista à mais recente edição do Semanário ECCLESIA, o prelado que, recentemente, escreveu uma nota pastoral sobre «O sentido autêntico das festas cristãs» sublinha que a parte do convívio e da relação é “extremamente importante”, mas “não nos podemos servir dos santos ou dos padroeiros para outros fins”.
A piedade popular é “um enorme tesouro na vida da Igreja”, mas são “necessários novos enquadramentos e orientações”, apelou D. José Cordeiro.
50 anos depois da «Sacrosanctum Concilium» (Documento conciliar sobre a Liturgia), estas normas ainda não entraram na dinâmica eclesial porque falta “o sentido autêntico” da festa cristã.
É preciso uma “formação permanente dos leigos” e, de um modo especial, “das pessoas que estão nas comissões e nas mordomias”, acrescentou o bispo de Bragança-Miranda.
Para D. José Cordeiro, as festas “não podem ser uma coisa desligada do Ano Litúrgico” e o seu programa “deve ser harmonioso”.
Em relação às despesas e receitas destes momentos festivos, a “transparência deve ser absoluta” e aquilo que “é dado com sentido da esmola” tem a finalidade que a Igreja dá aos bens materiais e “servir para a evangelização”.
A última edição do Semanário ECCLESIA apresenta um dossier sobre a religiosidade popular nos seus diversos contextos.
LFS