Iniciativa começa hoje e termina dia 21 de junho no Centro Paulo VI
Leiria, 19 jun 2015 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Organizadora do Simpósio Teológico-Pastoral ‘Santificados em Cristo’ revela que a iniciativa quer dar um “horizonte mais amplo e profundo” ao modo como estes temas são “vistos e abordados”,.
“Trata-se de explicitar como todas as dimensões da existência cristã – desde as raízes da sua própria compreensão ao modo como procura corresponder à sua vocação e às suas tarefas de cada dia; desde a responsabilidade pessoal inalienável à consciência comunitária de ser membro da comunidade eclesial, desde a atitude orante à responsabilidade social e política – podem, devem ser marcadas por horizontes de santidade”, disse o professor José Eduardo Borges de Pinho.
Em entrevista aos jornais PRESENTE e ‘Voz da Fátima’, o teólogo acrescentou que estão a apontar “nuclearmente” para o “Mistério de Deus em si mesmo e seu amor benevolente e misericordioso” para com as pessoas que “convida e capacita” para uma plenitude de vida humana.
“A ir realizando nos caminhos limitados e frágeis da história, mas sempre na esperança da sua consumação definitiva junto do mesmo Deus”, acrescentou o docente da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP).
O tema do Simpósio Teológico-Pastoral 2015 foi escolhido em consonância com o tema do presente Ano Pastoral no Santuário de Fátima – “Santificados em Cristo” – e a coordenação científica é da responsabilidade da Faculdade de Teologia da UCP.
Segundo o presidente da Comissão Organizadora a estrutura temática do Simpósio pretende exprimir três vertentes “fundamentais, inseparáveis”, na consciência e na prática da santidade cristã: Dom de Deus; resposta humana e transformação do mundo.
“O Mistério de Deus que, em Jesus, manifesta a santidade divina como amor salvífico, misericordioso, permanente; a dimensão da santidade como resposta humana que, em liberdade e responsabilidade, cada crente é chamado a dar na sua própria história de vida; a transformação do mundo que decorre da santidade de vida”, exemplificou José Eduardo Borges de Pinho, sobre o encontro no Centro Paulo VI, entre os dias 19 e 21 deste mês.
Neste contexto, o professor especialista em Mariologia e Eclesiologia adianta que a santidade “não é nunca” uma conquista de alguém mas “sempre, radicalmente”, fruto do amor gratuito de Deus que capacita alguém a encontrar “caminhos de fidelidade ao amor de Deus”.
Para o professor, a santidade não deixou de fazer sentido atualmente mesmo para os cristão, embora admita que possa, existir tempos e circunstâncias “mais ou menos favoráveis” a que se saiba “distinguir o essencial do acessório, o que é que se exige do homem ou da mulher verdadeiramente crentes”.
“O que está em causa é acolher a chamada e os dons de Deus como interpelação ao projeto pessoal de vida, quaisquer que sejam as circunstâncias culturais e sociais que nos envolvam”, frisou.
A iniciativa, integrada na preparação do Centenário das Aparições de Fátima (1917-2017), realiza-se desde 2011 e o Santuário mariano traz aos colóquios temas fundamentais da Mensagem de Nossa Senhora na Cova da Iria que “não podem faltar quando se fala em santidade cristã”.
Na entrevista, o presidente da Comissão Organizadora concluiu que o Simpósio é “apenas” um momento de reflexão que pode ajudar os participantes a aprofundarem “dimensões importantes da sua própria experiência de fé e da vocação” a que são chamados como cristãos.
LS/LMF/CB