Cidade do Vaticano, 15 mai 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje aos bispos da República Centro-Africana (RCA) que a resposta ao ódio e à violência é 0 “perdão e o amor”.
“Têm um papel profético insubstituível em reiterar e testemunhar os valores da justiça, da verdade, da honestidade que está na base de toda a renovação. Em promover o diálogo e a coexistência pacífica entre as diferentes religiões e etnias, favorecendo assim a reconciliação e a coesão social, chave para o futuro”, disse aos prelados do país africano, em visita ‘ad limina’ ao Vaticano
Segundo Francisco, a tarefa destes bispos “é difícil” mas diz respeito ao “próprio mistério de Jesus Cristo morto e ressuscitado”.
“Quando o mal e a morte parecem triunfar emerge a esperança de uma renovação fundada em Cristo”, observou.
Reconhecendo “os sofrimentos” que o país “viveu e que ainda vive”, o Papa manifestou apreço por “tudo” o que as comunidades “fizeram pelas pessoas vítimas da violência e pelos refugiados” na República Centro-Africana.
Neste contexto, incentivou a apostar na educação, salvaguarda dos valores, promoção do diálogo e formação das consciências.
O Papa Francisco destacou ainda a ação das famílias como lugar favorável para o “ensino e a prática da cultura do perdão, da paz e da reconciliação”.
Por isso, explicou aos bispos da RCA que é necessário a sua proteção e defesa das “novas colonizações ideológicas” que difundem-se em “todos os lugares”.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a criação da missão de Paz Minusca, em abril de 2014, cuja intervenção começou com 10 mil homens em setembro desse ano.
Francisco relembrou que a Igreja não se deve “misturar em discussões políticas”, mas incentivar a participação dos leigos cristãos.
São João Paulo II foi o único Papa a visitar a RCA, em 1985, que atualmente tem mais de seis milhões de habitantes, cerca de 50% são cristãos e aproximadamente 36% católicos.
OR/CB