Sínodo: D. Manuel Clemente rejeita debate «a galope» sobre a família

Cardeal-patriarca valorizou escolha do tema para assinalar o Dia Mundial das Comunicações Sociais

Lisboa, 14 mai 2015 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou hoje que o debate sobre a família tem de “ir a passo”, não “a galope”, e valorizou o facto do Papa Francisco ter escolhido esta temática para o Dia Mundial das Comunicações Sociais.

Num encontro com jornalistas para apresentar a aplicação móvel ‘Missas em Lisboa’ e para comentar a mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que se assinala este domingo, D. Manuel Clemente referiu que o debate do Sínodo dos Bispos acontece “em ligação à Igreja toda”.

“Nas nossas dioceses consultamos os movimentos e os responsáveis pela pastoral familiar e tudo isso tem de estar presente. Portanto, não pode ir a galope, tem de ir a passo e um passo muito ponderado para que não descolemos, como bispos, da realidade eclesial que servimos”, sublinhou.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa constatou que o debate mediático sobre a família está a ter “muito impacto” no debate sinodal.

“A presença dos media é realmente muito forte e tem uma velocidade que depois desafia à ponderação que também é preciso haver nestes assuntos”, sublinhou o cardeal-patriarca de Lisboa.

“Nas assembleias sinodais sente-se de uma maneira muito premente que temos de falar, debater, mas sempre como representantes verdadeiros e informados, e por isso prudentes, de uma realidade muito vasta que é a realidade familiar”, acrescentou.

D. Manuel Clemente considera que “em boa hora” o Papa Francisco “juntou as duas referências, a do Dia Mundial das Comunicações Sociais e esta da família que a Igreja está a debater”.

Para o cardeal-patriarca de Lisboa, a mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, intitulada ‘Comunicar a família. Ambiente privilegiado do encontro, na gratuidade do amor’, refere-se ao “tema da família”, às “comunicações sociais” e à “sociedade que precisa de se encontrar como comunidade”.

“É preciso que gostemos das pessoas ao ponto de estarmos sempre motivados para resolver os problemas nossos e os dos outros, que são nossos também”, sustentou D. Manuel Clemente, afirmando que é na família é o local de aprendizagem dessas atitudes.

“A sociedade precisa de se encontrar como comunidade”, defendeu D. Manuel Clemente, que representará, com D. Antonino Dias, a Conferência Episcopal Portuguesa na assembleia do Sínodo dos Bispos de outubro próximo.

PR

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