Igreja/Arte: Prémios «Árvore da Vida» distinguiram filmes sobre «valores espirituais e humanistas»

No Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa

Lisboa, 04 mai 2015 (Ecclesia) – A Igreja Católica distinguiu este domingo os filmes "Os olhos de André", do realizador português António Borges de Correia, e "A história do urso", do cineasta chileno Gabriel Osorio, com os prémios "Árvore da Vida", no Festival IndieLisboa.

Segundo o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), na obra ‘Os olhos de André’ o júri sublinhou o “conjunto estético equilibrado, com silêncios carregados de espiritualidade”, e a “forma como enaltece o papel da família como pilar da sociedade”.

Do filme do realizador português António Borges de Correia, selecionado na categoria nacional, foi destacada a “sensibilidade” como foi elaborado, “mostrando grande espontaneidade e transparência interpretativa”.

A ficção, que se baseia em acontecimentos reais, mostra um pai que tenta reconstruir a sua vida depois de uma separação, para “acolher o seu filho André e voltar a unir uma família”, explica o resumo do filme de 65 minutos, que foi filmado em Arcos de Valdevez e concluído em 2015.

‘Os olhos de André’ foi também distinguido no IndieLisboa com os prémios de Melhor Longa Portuguesa e TAP (ficção), informa o SNPC.

O valor de 2000 euros é atribuído em partes iguais pelo SNPC e o Secretariado das Comunicações Sociais que privilegiaram os “valores espirituais e humanistas” das obras selecionadas.

Segundo o SNPC, os jurados do Prémio Árvore da Vida atribuíram ainda uma Menção Honrosa ao documentário "Para lá do Marão", pelo “poderoso retrato de uma realidade do interior do país, cheio de poética”, uma curta-metragem de sete minutos de José Manuel Fernandes, realizada em 2014.

O júri foi composto por Maria João Costa, jornalista da Renascença e produtora do programa de cultura "Ensaio Geral", que subiu ao palco da Culturgest para anunciar o prémio; por Inês Gil, cineasta, professora de Sétima Arte e membro do Grupo de Cinema do SNPC; e João Amaro Correia, arquiteto.

A Igreja também reconheceu uma obra na secção ‘IndieJúnior’, pelo segundo ano consecutivo, e selecionou a animação ‘A história do urso’, de 10 minutos, dirigida pelo cineasta chileno Gabriel Osorio em 2014.

Para atribuir o prémio de mil euros, patrocinado pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, foi escolhida a Escola Salesiana de Lisboa e participaram como jurados três alunos da disciplina de Cinema, e respetivo professor, da Escola Salesiana: Francisco Aires Mateus; Rodrigo Rebello de Andrade, José Câmara e o docente Henrique Câmara Pina.

“Decidimos entregar o prémio ao filme que melhor transmite uma mensagem de valores humanos e sociais. Equilíbrio entre a sensibilidade, valor da família, defesa da liberdade e direitos dos animais”, explicaram os jurados para quem “não foi nada fácil” escolher “uma curta entre 38”.

“Cooperação, solidariedade, entreajuda, respeito, persistência e aceitação de diferenças foram mensagens que alguns dos filmes nos transmitiram. Todas as curtas do IndieJúnior eram muito boas, tanto as nacionais como as internacionais, as animadas como as em "live action», salienta a declaração lida este domingo, na cerimónia de entrega dos prémios.

Em 2014, a Igreja Católica distinguiu os filmes ‘O Novo Testamento de Jesus Cristo segundo João’ e ‘O coelho e o veado’, respetivamente dos cineastas portugueses Joaquim Pinto e Nuno Leonel e realizador húngaro Péter Vácz.

CB

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