Papa sublinha importância da história e da comunidade para a vivência da fé
Cidade do Vaticano, 30 abr 2015 (Ecclesia) – O Papa disse hoje no Vaticano que a identidade cristã passa pelo “serviço”, sem lugar para egoísmo, com consciência da “história” em que cada comunidade se insere.
“O cristão é homem e mulher de história, porque não pertence a si mesmo, faz parte de um povo, um povo que caminha. Não se pode pensar em um egoísmo cristão, não, isso é errado”, referiu, na homilia da Missa a que presidiu hoje na capela da Casa de Santa Marta.
Neste sentido, Francisco recordou que o próprio Jesus “lava os pés dos discípulos”, convidando os cristãos a fazer o mesmo.
“A identidade cristã é o serviço, não o egoísmo. ‘Mas padre, todos nós somos egoístas’. Ah sim? É um pecado, é um hábito do qual nos devemos distanciar”, assinalou, no habitual tom coloquial destas intervenções.
O Papa sustentou que ser cristão “não é uma aparência ou uma conduta social”, mas fazer o que Jesus fez, “servir”, inserido numa comunidade.
“O cristão não é um homem, uma mulher espiritual de laboratório, é um homem, é uma mulher espiritual que faz parte de um povo, que tem uma história longa e continua a caminhar até ao regresso do Senhor”, acrescentou.
Essa história, precisou Francisco, é uma “história de graça, mas também história de pecado”:
“Na nossa história devemos reconhecer que somos santos e pecadores. E a minha história pessoal, de cada um, deve reconhecer o pecado, o próprio pecado e a graça do Senhor, que está connosco, acompanhando-nos no pecado para perdoar, e acompanhando-nos na graça. Não há identidade cristã sem história”, observou.
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