Açores: D. António de Sousa Braga associou-se a iniciativa «somos todos pessoas»

Bispo incentivou cristãos à misericórdia, «expressão de amor»

Angra do Heroísmo, Açores, 27 abr 2015 (Ecclesia) – O bispo de Angra recordou este domingo os migrantes que são vítimas dos naufrágios no Mar Mediterrâneo e associou-se à iniciativa «Todos somos pessoas», promovida por várias organizações católicas, incluindo a Agência ECCLESA.

“Usar hoje uma peça de roupa branca é dizer que não queremos uma cultura do descartável, que aderimos pessoal e humanamente ao drama de centenas e centenas de irmãos que sofrem, que são explorados e que perdem a vida só porque anseiam por um amanhã melhor”, referiu D. António de Sousa Braga.

Para o prelado açoriano, “acabar com a globalização da indiferença” é abrir o coração aos outros e convidou também os fiéis a rezar pelos “irmãos que são privados das mais elementares condições de vida”.

“Não vivemos no tempo da cristandade mas, por isso mesmo, este é o tempo da graça que nos coloca desafios para sermos mais próximos e mais acolhedores do outro”, alertou.

No Dia Mundial da Oração pelas Vocações, D. António de Sousa Braga disse ainda que a misericórdia “não é uma expressão de fraqueza mas de amor” e nesse sentido os cristãos são chamados ao exemplo de Jesus.

“A revelação diz-nos que Deus é amor e que esse amor tem a sua máxima expressão na misericórdia. Aquele que se põe no lugar do outro, que se compadece, é misericordioso, o que não é uma expressão de fraqueza mas a máxima expressão do amor”, assinalou, na Sé de Angra.

Este domingo terminaram também as celebrações do primeiro centenário da morte de São Bento Menni, fundador das irmãs hospitaleiras de Sagrado Coração de Jesus e dos irmãos de São João de Deus que nos Açores têm duas casas femininas e duas masculinas, nas ilhas de São Miguel e Terceira.

Para D. António de Sousa Braga, a mensagem de um dos “pioneiros no tratamento da saúde mental” insere-se “perfeitamente” na ideia de misericórdia uma vez que abriu caminho “de forma inovadora, para uma ação que garanta a competência técnica e do coração” na assistência às pessoas.

IA/CB/OC

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