Portugal: Perseguição a cristãos tem merecido pouca atenção – presidente da Comissão Justiça e Paz

Pedro Vaz Patto denuncia atentados «contra a vida e liberdade»

Lisboa, 23 abr 2015 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz diz que a perseguição aos cristãos em todo o mundo não pode continuar a ser encarada de ânimo leve pela comunidade internacional.

No lançamento de um novo espaço online de opinião dos membros do organismo católico português, intitulado “Poliedro”, Pedro Vaz Patto defende a necessidade de “fazer tudo o que está ao alcance, no quadro da ética e do direito, para evitar atentados contra a vida e liberdade” dessas populações.  

O responsável católico alerta depois para uma atitude de “omissão” que transforma aqueles que poderiam intervir em “cúmplices dos perseguidores”.

Para o presidente da CNJP, é incompreensível que os “atentados à vida e liberdade religiosa não recebam manifestações de repúdio tão intensas como as de outros atentados não tão graves e frequentes”.

Situações como as do “massacre na Universidade de Garissa, no Quénia”, em que 148 estudantes cristãos foram mortos por radicais islâmicos, têm ficado muitas vezes na “ignorância” ou merecido “uma atenção muito ténue, sobretudo da sociedade mas também da Igreja”.

O juiz do Tribunal Eclesiástico de Lisboa recorda que não está aqui em causa nenhuma “guerra religiosa” nem um “choque de civilizações” ou tão pouco “uma causa apenas dos cristãos, setorial ou corporativa”.

Em cima da mesa está sobretudo um problema de “defesa dos direitos humanos, que também interessa a outras minorias”, conclui.

Sobre o novo projeto que passa a estar disponível na página da CNJP na internet, Pedro Vaz Patto sublinha a vontade da organização em estar “atenta ao que se passa à sua volta e fazer seus os sofrimentos e alegrias de quem está mais próximo ou longínquo”.

“Através da variedade destes contributos e das diferentes temáticas, perspetivas e sensibilidades”, explica aquele responsável, o objetivo é transmitir à sociedade uma noção de “unidade segundo a imagem (várias vezes evocada pelo Papa Francisco) do poliedro, onde a unidade harmónica do todo conserva a particularidade e originalidade de cada uma das partes”.

JCP

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