Centro de Reflexão Cristã assinala 40 anos de «crítica»
Lisboa, 18 abr 2015 (Ecclesia) – O cónego António Janela pediu hoje aos cristãos para que "não se instalem" e que assumam "as suas responsabilidades de intervenção" na construção da cidade.
"Que não ficassem no interior dos templos, no serviço litúrgico, catequético e sócio-caritativo. Tudo isso é muito importante, mas a missão do leigo é no mundo concreto, de família, trabalho, de intervenção sócio-política", afirmou o presidente do Instituto de Formação Cristão do Patriarcado de Lisboa, à margem da conferência que assinala hoje os 40 anos do Centro de Reflexão Cristã (CRC).
Este espaço de reflexão, criado no pós-25 de abril de 1974, "segue a linha do Vaticano II", aponta à Agência ECCLESIA, José Leitão, Presidente da direção do CRC, missão "muito atual e em consonância com o Papa Francisco".
"As conferências de maio que realizamos mostram essa atualidade e o papel que o CRC continua a ter", indica o responsável.
Segundo o cónego Janela, o CRC veio " colmatar um certo vazio, uma instância em que os cristãos e outras pessoas deviam ter para escutar a cidade" numa perspetiva "não de criticismo, mas de reflexão e de críticia".
"Era necessária uma reflexão cristã, à luz da palavra, sobre a atualidade que se vivia na altura, e era importante ser iniciativa do laicado. O CRC acabou por integrar pessoas que se podiam ter dispersado no meio da confusão que veio depois com Período Revolucionário em curso (PREC)".
O sacerdote recorda ainda o papel que os cristãos tiveram, "nem sempre sublinhado", na responsabilidade de "ser ponte entre posições divergentes".
"Mérito esse de uma Ação Católica, do seu tempo, que deu frutos", assinala.
O 40º aniversário do CRC está a ser assinalado ao longo do dia com um encontro que juntou numa mesa-redonda Manuela Silva e José Leitão sobre o tema «O CRC e a renovação da Igreja – quarenta anos de intervenção cristã».
HM/LS