Liberdade Religiosa: Livro de Joaquim Franco denuncia violência sem «precedentes» e «escandalosamente» ignorada

Nova obra do jornalista explora outros temas da atualidade como o pontificado do Papa Francisco

Lisboa, 09 abr 2015 (Ecclesia) – A Paulinas Editora lança dia 20 de abril o novo livro do jornalista Joaquim Franco, que explora temas que têm marcado a atualidade como os atentados à liberdade religiosa e de expressão e o pontificado do Papa Francisco.

Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a editora católica explica a aposta nesta publicação com a vontade de abrir espaço “à opinião, a textos que problematizem, com vista a encontrar soluções, indicar hipóteses, construir entendimentos”.

“Joaquim Franco faculta-nos nestas páginas vários flashes (clarões) produzidos pelo seu olhar especial, em alguns momentos da nossa História”, realça ainda.

No livro intitulado “Com franqueza – Crónicas de um tempo de mudança”, Joaquim Franco revisita o atentado ao jornal satírico francês “Charlie Hebdo”, levado a cabo por radicais islâmicos a 7 de janeiro último, e que resultou na morte de 12 pessoas entre as quais oito membros da redação.

Sobre a raiz do ato terrorista, que foi silenciar um órgão de comunicação social conhecido por caricaturar Maomé, o autor escreve que “sim, todos têm o direito a caricaturar, sem medo da blasfémia, e todos têm direito a criticar a sátira de gosto duvidoso, ofensiva”.

No entanto, “ninguém tem o direito, e muito menos o dever, seja ele religioso ou outro, de matar porque se sentiu ofendido por uns rabiscos“.

“Pode perceber-se o contexto de um crime, mas um crime não se justifica. E o que aconteceu em Paris foi um crime hediondo”, frisa o jornalista.

Sobre o clima de violência e intolerância religiosa que o mundo tem vindo a assistir, “escandalosamente” sem a “devida atenção”, o especialista em assuntos religiosos da SIC e fundador do Observatório para a Liberdade Religiosa fala numa “outra linguagem, para lá do próprio direito islâmico”.

Um modo de atuar sem “precedentes”, mesmo dentro do “próprio fundamentalismo terrorista”, e que revela “o pior que o ser humano pode fazer em nome da religião e no abuso de uma crença”.

Em relação ao Papa Francisco, que cumpriu recentemente dois anos de pontificado, Joaquim Franco fala num “messias mediático” no qual estão depositadas todas as “esperanças viáveis ou desejos irrealizáveis”.

“Vindo das periferias geográficas e conhecedor das periferias sociais, o Papa argentino aponta o caminho. É ele e o povo, o povo e ele. Juntos e corresponsáveis. No terreno horizontal das relações e do encontro, Francisco preserva o discernimento vertical da fé”, relata o também investigador em Ciências das Religiões.

A apresentação do livro “Com franqueza – Crónicas de um tempo de mudança” está marcada para esta sexta-feira às 18h30, no Cineteatro de Fafe, com a participação do frei Fernando Ventura e Felisbela Lopes.

JCP

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