Semana Santa: Reaprender a «gramática da misericórdia» face à «força diabólica do mal»

D. José Cordeiro apresenta tradição cristã de caridade como antídoto para mundo em crise

Bragança, 03 abr 2015 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda convidou hoje a sociedade a “reaprender a gramática elementar da Misericórdia” para transformar um mundo que “continua marcado pela força diabólica do mal”.

“Nestes tempos difíceis, recordar a tradição das obras de misericórdia significa apreender a caridade e a misericórdia como arte do encontro, como arte da relação, como arte de viver, mas significa sobretudo novo impulso de humanidade, para não permitir que o cinismo, a corrupção, a mentira, a ambição do poder e do domínio sobre os outros, a barbárie e a indiferença levem a melhor”, assinalou D. José Cordeiro, numa alocução proferida, esta tarde, no final da Procissão da Paixão do Senhor, na cidade de Bragança.

A intervenção, enviada à Agência ECCLESIA, sublinhou que o Tríduo Pascal “manifesta a Misericórdia desmedida de Deus e do coração de Deus, que é igualmente o coração do Ano Litúrgico, nasce a Igreja”.

O prelado apresentou a Páscoa como uma “passagem” das obras de Misericórdia à “Misericórdia das obras”, é “a vitória do bem sobre o mal, da vitória da vida sobre a morte”.

D. José Cordeiro pediu atenção para as “tantas formas de pobreza”, sem as limitar à dimensão material, “sobretudo em tempos de crise”.

“O nosso compromisso tem de ser integral, para salvar o todo da pessoa e toda a pessoa que mais precisa da nossa ajuda”, sustentou.

O bispo de Bragança-Miranda referiu que todos os dias são uma oportunidade para reavivar o amor aos outros: “Aos pais, aos irmãos, aos familiares e aos parentes, aos vizinhos, aos colegas de escola ou de trabalho, aos amigos, o rosto da humanidade angustiada e ferida em países em guerra ou vítimas da fome e catástrofes naturais”.

OC

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