Páscoa: De uma vida desregrada à ressurreição do encontro

Marinha Grande, Leiria, 04 abr 2015 (Ecclesia) – Joaquim Mexia Alves foi-se afastando da Igreja Católica, da educação dos pais, no início de vida adulta, tendo vivido “sem sentido”, mas antes do “abismo” sentiu que devia mudar e tornou-se apóstolo dos outros.

“Houve alguma coisa que me fez sentir que deveria mudar. Foi relativamente simples, porque me lembrei da maneira como tinha sido educado e na hora do almoço, sem ninguém, ia sentar-me e conversava com o sacrário, ou com Deus, na Igreja Matriz de Monte Real”, começa por recordar à Agência ECCLESIA.

O entrevistado revela que foi percebendo que havia uma presença que lhe “dava forças para conseguir mudar” porque viu-se a cair “num abismo” do qual “não conseguiria sair” e começou a resistir a algumas situações.

Neste percurso conheceu o padre Lapa, do Movimento Carismático Católico, a quem escreveu a pedir ajuda e foi convidado para assistir a uma assembleia do Renovamento Carismático da Pneuma Vita, em Fátima.

“Fui desconfiado mas espantou-me. A certa altura pensei que estava no meio de gente meia louca, a maneira como o movimento reza mas fui-me sentido bem, que devia ficar ali”, disse José Mexia Alves, atualmente coordenador da equipa diocesana do Renovamento Carismático de Leiria.

“A espiritualidade muito aberta e livre mas muito preenchida e cheia do movimento ajudou-me a percorrer um caminho”, acrescenta quem sentiu Deus e Jesus Cristo “muito próximo”.

“Estava ali para me abraçar, acompanhar, não queria que eu deixasse de ser o Joaquim que era mas que algumas prioridades mudassem para ser mais feliz”, observa o também coordenador do curso Alpha na Vigararia da Marinha Grande.

Neste contexto, fala “quase” de uma “ressurreição” porque teve uma vida nova a partir do momento que deixou-se “encontrar por Deus” e “O encontrou”.

“Uma vida nova, com sentido, direção, sobretudo não só para Deus mas em Deus para os outros. Para pensar nos outros e em tudo aquilo que no reúne”, acrescenta.

Segundo Joaquim Mexia Alves um das partes “importantes” deste caminho foi o “entendimento do que é a Igreja verdadeiramente” e considera que se tornou uma pessoa “bem mais bem-disposta e mais alegre”.

“A alegria não da gargalhada ruidosa mas de Deus, serena e tranquila. A Igreja dá-nos a dimensão de vivermos em comum, perseguirmos os mesmos valores, vivermos juntos para o mesmo Deus e com Ele presente em nós”, desenvolveu.

O interlocutor, que desde há um ano ajudou a criar um grupo de reflexão para divorciados ou recasados, comenta ainda que esta mudança tornou-o apóstolo para os outros a quem “tenta dar” o que recebeu de Deus, a “ressurreição neste mundo”.

HM/CB

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Agência ECCLESIA

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