Irmã Irene Guia propõe “desafios para viver e atualizar” os acontecimentos da Paixão e morte de Jesus, em série de vídeos
Lisboa, 30 mar 2015 (Ecclesia) – As celebrações do Tríduo Pascal, que os cristãos assinalam para fazer memória dos últimos dias da vida de Jesus, devem ser uma proposta que leve as pessoas “ao encontro dos acontecimentos reais dos dias de hoje”.
“Olhar para a Semana Santa, para quinta, sexta e sábado, tentar fazer o exercício interior e exterior sobre o que hoje significa uma quinta-feira, uma sexta-feira e um sábado santo, passa necessariamente por abrir os olhos ao que acontece à nossa volta”, afirma a Irmã Irene Guia, Escrava do Sagrado Coração de Jesus e comentadora da ECCLESIA.
A religiosa recusa o objetivo de “fazer memória dos últimos acontecimentos na vida de Jesus” sem “atualizar hoje aquilo que significou para Jesus e no seu tempo a sua Paixão, morte e Ressurreição”.
“Enquanto fizermos só memória como se fosse apenas um acontecimento de há 2000 anos, vai ser muito difícil ler a Ressurreição”.
A comentadora da Ecclesia propõe o exercício de “identificação” com situações concretas e atuais que “ajudem a perceber que hoje continua a acontecer quinta-feira, sexta-feira e o sábado santo”.
“Com quem é que hoje nos devemos identificar para que Cristo continue a viver a quinta-feira santa, para que Cristo continue a padecer a sexta-feira santa, para que Maria e os seus amigos continuem a experimentar o vazio e a perplexidade perante Jesus morto?”
A irmã Irene Guia assinala o risco de viver a fé “a partir de uma teoria, de uma palavra” mas que “não é uma palavra viva”, apontando os tempos atuais como “de Ressurreição”.
“Há muitos acontecimentos na História que nos parecem dizer que isto acaba aqui, mas porque a fé é um dom que recebemos e do qual vivemos e nos alimentamos, há qualquer coisa que diz que a morte não pode ser a última palavra”.
“Temos tudo para poder perceber Cristo hoje presente na História”.
A religiosa recorda a “indignação” gerada nas populações a partir da “perseguição e morte de cristãos”, a memória desses “mártires e a mudança que isso provoca em cada pessoa”, também o testemunho de quem “frágil morre nas mãos de outros” como momentos de Ressurreição.
“Se eu alterar a minha vida, o meu coração, seu eu me abrir a esta fraternidade, eu estou a deixar que as suas vidas mudem a minha. E isso é Ressurreição”.
Ao longo da Semana Santa a Ecclesia disponibiliza vídeos onde a Irmã Irene Guia propõe “desafios para viver e atualizar” os acontecimentos da Paixão e morte de Jesus.
A Igreja Católica, com o Domingo de Ramos, assinala o início da Semana Santa, um dos momentos centrais do ano litúrgico, que evoca os últimos dias de Jesus, com celebrações na quinta-feira, sexta-feira e sábado santos.
LS