Caso contrário ela está limitada à «frieza da doutrina», realça Francisco
Cidade do Vaticano, 26 mar 2015 (Ecclesia) – O Papa destacou hoje na Casa de Santa Marta, no Vaticano, a premissa de esperança e felicidade que deve caraterizar a fé cristã, por vezes limitada à “frieza da doutrina”.
“A alegria da fé, a alegria do Evangelho é a pedra de toque da fé de qualquer pessoa. Sem esse ingrediente, ninguém pode dizer-se verdadeiramente crente”, salientou Francisco na missa desta manhã, na capela da residência onde tem estado a viver desde que o início do seu pontificado.
Durante a sua homilia, divulgada pelo serviço informativo da Santa Sé, o Papa argentino recordou o exemplo de Abraão, quando recebeu de Deus a promessa de que iria ser pai.
“Apesar de já ser velho, assim como a sua mulher Sara, Abraão acreditou e abriu o seu coração à esperança”, frisou Francisco, lembrando que ele “rejubilou” e ficou “cheio de alegria“.
Segundo a Bíblia, Jesus também recordou este episódio aos chefes dos fariseus e aos doutores da lei.
No entanto, prosseguiu o Papa, “eles não compreenderem a alegria da promessa de Deu, a alegria da esperança. Eles não sabiam alegra-se porque eles tinham perdido o sentido da felicidade que só vem da fé. O seu coração estava transformado em pedra”.
“Ser crente sem alegria” é transformar a fé “apenas num conjunto de normas”, concluiu.
JCP