Em 2014 mais de um milhão de nigerianos tiveram de fugir devido aos ataques do grupo armado islâmico
Cidade do Vaticano, 26 mar 2015 (Ecclesia) – Os responsáveis das Cáritas da Nigéria, Camarões, Niger e Chade, do continente africano, estão reunidos em Roma para definirem estratégias de apoio às vítimas do grupo armado islâmico Boko Haram.
De acordo com dados da Cáritas Internacional, avançados pela Rádio Vaticano, “no último ano mais de um milhão de nigerianos tiveram de fugir das suas casas para escaparem aos violentos ataques levados a cabo pelos membros do Boko Haram”.
“Atualmente refugiadas em países vizinhos, estas pessoas contam com a Igreja Católica e com outros grupos de apoio para conseguirem satisfazer necessidades básicas como a alimentação, saúde e abrigo”, salienta a organização.
Os agentes Cáritas da Nigéria e de outros países limítrofes estão preocupados com o “número crescente de pessoas em fuga ou vítimas de rapto às mãos dos extremistas islâmicos.
Nesse sentido, o objetivo do encontro na capital italiana, entre hoje e sexta-feira, é “criar um plano de ação humanitária a favor das famílias deslocadas, dos refugiados e daqueles que viram as suas casas destruídas”.
O padre Evaristus Bassey, diretor executivo da Cáritas da Nigéria, salienta que a população nigeriana vive hoje num clima de “extremo terror e sofrimento”.
Apesar de “toda a boa vontade” que tem caraterizado a ação das organizações solidárias, as “necessidades são imensas”, frisa o sacerdote.
A reunião de Roma vai também abordar o drama que toca atualmente cerca de 800 mil pessoas da República Centro Africana, devido aos violentos confrontos que estão a ocorrer naquele país.
JCP