O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana considera que Portugal vive um período «complexo e complicado»
Porto, 23 mar 2015 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana considera que Portugal vive um período “complexo e complicado” e a classe média “está imbuída de muitas interrogações”.
“Muitos portugueses estão a ser vítimas da exclusão social”, referiu, este domingo, D. Jorge Ortiga à Agência ECCLESIA no decorrer do Conselho Geral da Cáritas que decorreu, de sexta-feira a domingo, no Porto.
Os políticos “viajam pelo país” por ocasião das “campanhas eleitorais”, mas “não entram nas ruelas de algumas aldeias perdidas no interior do país”, alertou o presidente da comissão.
Devido à “idade e ao isolamento sociológico”, uma “grande parte” dos portugueses estão a viver com “muitas dificuldades”, denunciou o presidente da comissão.
A família Cáritas, “como o rosto visível da ação social”, deve organizar-se “cada vez melhor” no sentido de ajudar os mais fragilizados da sociedade.
A missão da Cáritas é “complementar” aquela que o “Estado deve fazer”, mas, perante este cenário, a Cáritas “não pode adiar respostas” ao essencial, referiu D. Jorge Ortiga.
Para o arcebispo de Braga, as Cáritas diocesanas devem “promover uma reflexão” sobre as causas de “determinadas situações” e, após a reflexão, o “dever e obrigação” de falar delas e “interpelar os políticos”.
A Cáritas e os organismos sociais da Igreja têm o “dever e obrigação” de “não ficarem dentro das igrejas, nas estatísticas e burocracias” mas “saírem e irem para o terreno” como pede o Papa Francisco.
LFS