Nigéria: Igreja Católica apela a eleições pacíficas e a um novo governo livre da «corrupção»

Ida às urnas está marcada para 28 de março

Lisboa, 13 fev 2015 (Ecclesia) – A Igreja Católica da Nigéria abordou as eleições presidenciais do próximo dia 28 de março, fazendo votos de que elas decorram sem incidentes e deem ao país um governo livre da “corrupção”.

Segundo D. Matthew Kukah, bispo de Sokoto e porta-voz das preocupações dos líderes católicos nigerianos, o “sentido de lealdade” do povo para com os líderes políticos tem sido “diminuído por anos de corrupção”.

Uma das faces visíveis deste problema é “a desigual distribuição dos vastos recursos naturais” de que aquela nação africana dispõe, e que tem levado muitas pessoas “à profunda miséria”.

Numa carta enviada à Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS), D. Matthew Kukah sustenta que “quem vencer as eleições deve procurar canalizar os recursos do país para a educação, a criação de emprego e a agricultura”.

O bispo aborda ainda os atos de terrorismo que têm sido levados a cabo pelo grupo fundamentalista islâmico Boko Haram, sobretudo no norte do país, e que já causaram inúmeras vítimas entre as comunidades cristãs.

Devido à ação destes rebeldes armados, instalou-se um clima de “fratura entre cristãos e muçulmanos” e muitos cristãos temem que se repita a “onda de violência que se seguiu às anteriores eleições, em 2011”.

Nessa altura, recorda a AIS, “registaram-se mais de oito centenas de mortos e a destruição de muitas igrejas e casas particulares, durante três dias de tumultos”.

E também aqui, “infelizmente” aponta D. Matthew Kukah, “o governo federal fez quase nada para corrigir esses problemas”.

“Ninguém foi processado e a maioria dos cidadãos ainda não foram ressarcidos dos bens e propriedades que perderam”, lamenta.

JCP

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