Projeto «Missão País» reúne mais de 1800 estudantes em «35 missões de 32 diferentes faculdades»
Lisboa, 17 fev 2015 (Ecclesia) – A Missão País desafia e propõe aos jovens que durante as férias do Carnaval se dediquem ao apostolado e à ação social em diversas localidades portuguesas este ano imbuídos do lema ‘Não te ardia o coração?’.
“A Missão País é um projeto católico de universitários que tem como objetivo levar Jesus às Universidades e evangelizar Portugal através do testemunho da fé, do serviço e da caridade em várias localidades no contacto com a população”, explica a organização.
Os jovens são divididos por grupos mais pequenos e através da presença e do testemunho colocam-se ao serviço de instituições como lares, hospitais, escolas, Santa Casa da Misericórdia, entre outros, durante uma semana.
Das diversas atividades da Missão País destaca-se a atividade “porta a porta” quando os universitários são enviados dois a dois a percorrer a localidade visitando as pessoas nas suas casas para apresentarem esta iniciativa num contexto de evangelização, companhia, de serem ajuda para as dificuldades.
Neste contacto porta a porta, os jovens também convidam os habitantes a participarem na Eucaristia diária e na Vigília de Oração e no teatro que se realizam no final de cada semana missionária.
A 27 de janeiro começou a primeira Missão País 2015 com os missionários a chegarem à cidade de Lamego.
A Missão País, no seu sítio online, informa que existem 35 missões de 32 diferentes faculdades e apela ao “entusiasmo” de cada um para levar o projeto a “cada vez mais faculdades”.
A Diocese de Coimbra, no seu sítio online, apresenta a experiência de dois dos 90 estudantes que participam nas missões de Oliveira do Hospital e de Mação.
Pedro Miranda, um dos responsáveis da missão em Oliveira do Hospital, recorda as experiências de voluntariado nos lares e nas escolas em 2014 onde aprendeu que “a verdade e a felicidade estão ligadas à felicidade do outro”.
“No decorrer desta semana, ao querermos ver os outros bem ao nosso lado faz-nos relativizar os nossos próprios problemas, que no dia-a-dia parecem ser tão complicados”, observou o estudante de arquitetura da Universidade de Coimbra.
A localidade de Mação recebe pela primeira vez estes jovens missionários e Francisca Cantante, uma das responsáveis desta missão, participa pela terceira vez e destaca que a motivação e sedução surge pela “partilha de experiências e o voluntariado”.
A estudante de economia valoriza a relação entre a ação social e a dimensão espiritual desta semana onde simultaneamente existe uma maior proximidade à dimensão espiritual, à fé e a Deus.
“Mesmo os jovens que não tenham uma educação católica ou não estejam habituados a ir à Missa, no decorrer da Missão País acabam por descobrir a realidade da fé. Eu sou exemplo disso, foi através da Missão País que reavivei a minha fé”, disse Francisca Cantante à Diocese de Coimbra.
Para o sacerdote jesuíta que acompanha os estudantes de Coimbra o crescimento e o sucesso da Missão País deve-se à pedagogia do projeto em que estudantes assumem a sua realização que origina “mais entusiasmo e adesão”.
“São eles que têm a iniciativa, que organizam, que preparam e que entram em contacto com as instituições onde vão realizar as ações de voluntariado”, explicou o padre Nuno Branco para quem “servir” significa perguntar e fazer “o que é preciso”.
“E os jovens gostam de servir”, acrescentou o sacerdote sobre o projeto que começou em 2003.
CB/OC