Açores: Romarias da Quaresma são oportunidade de «conversão»

Bispo de Angra, D. António de Sousa Braga, participou no retiro anual dos romeiros de São Miguel

Angra do Heroísmo, 26 jan 2015 (Ecclesia) – O bispo de Angra sublinhou este domingo a importância das romarias enquanto tempos favoráveis de “conversão”, fora do ritmo quotidiano.

Durante o habitual retiro anual dos romeiros de São Miguel, que reuniu na Ribeira Grande responsáveis dos 54 ranchos (grupos de romeiros) existentes na ilha, D. António de Sousa Braga referiu que “a romaria é uma peregrinação de penitência e oração”, um “tempo favorável” para a “mudança de vida”.

O prelado incentivou os participantes a aproveitarem esta atividade, fora “da vida ordinária do dia-a-dia”, para “se encontrarem com Deus, consigo próprios e com os irmãos”, refere o portal informativo “Igreja Açores”.

Os vários ranchos de São Miguel estão a preparar-se para participar nas tradicionais romarias da Quarema, que em 2014 levaram às estradas da região perto de 2500 pessoas.

D. António de Sousa Braga frisou no retiro o “profundo significado” das romarias quaresmais enquanto “expressões de fé, da Igreja e das comunidades”, que mostram a “abertura” das pessoas “ao projeto de Jesus na terra”.

O bispo de Angra concluiu a sua reflexão desafiando os romeiros a serem “discípulos missionários” junto das comunidades e famílias dos Açores, à imagem do que pede o Papa Francisco.

“Mesmo que isso signifique andar de malas na mão, entre aeroportos”, exortou.

Para o coordenador do retiro, João Carlos Leite, a romaria é um convite permanente ao “testemunho cristão” e pede “o envolvimento de todos, com as suas diferenças”.

“Ainda há quem pense que nós somos cristãos de uma semana mas cabe-nos a nós corrigir essa ideia, apostando na nossa formação humana e espiritual e também na pastoral”, referiu aquele responsável.

No próximo dia 26 de abril, Ponta Delgada vai acolher o Dia do Romeiro, iniciativa que anualmente reúne em convívio os romeiros da maior cidade do arquipélago açoriano, com as respetivas famílias e amigos.

A atividade possibilita aos romeiros partilharem as suas experiências de caminhada, feita durante a preparação para a Páscoa.

IA/JCP

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