Algarve: Bispo quer «reflexão e partilha» sobre a família nas paróquias

D. Manuel Quintas pediu também consciência e compromisso para combater a escravatura

Loulé, Faro 03 jan 2015 (Ecclesia) – O bispo do Algarve, na primeira celebração de 2015 no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, alertou que a fraternidade é o “caminho da paz” e pediu que exista nas paróquias um “movimento de reflexão e partilha” sobre a família.

“Já estão aí as (46) perguntas que o Papa Francisco nos mandou, tal como o ano passado. Devem estar já nas vossas paróquias e nos vossos párocos. Queremos que toda a gente reflita e dê o seu parecer”, informou D. Manuel Quintas que recordou a 14ª Assembleia Geral ordinária do Sínodo dos Bispos, que vai realizar-se de 4 a 25 de outubro de 2015 no Vaticano.

O prelado assinalou que “todo o percurso” que fizeram de “preparação e envolvimento” para o Sínodo sobre a família querem “prossegui-lo este ano”.

Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, o jornal diocesano Folha de Domingo explica que a Eucaristia da solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus e do Dia Mundial da Paz foi celebrada no Santuário de Nossa Senhora da Piedade – “popularmente conhecida como Mãe Soberana”-, em Loulé, “o santuário mariano de maior expressão no Algarve”.

O bispo do Algarve destacou os principais temas da mensagem do Papa – fraternidade, pecado e conversão” – para o dia 1 de janeiro de 2015, e pediu aos seus diocesanos que sejam “construtores desta fraternidade e desta paz” proposta por Francisco.

“Era tão bom que, cada dia deste ano, nos esforçássemos por ser mais fraternos, mais irmãos e não apenas solidários. Que esta fraternidade se estenda e que as redes sociais possam estar ao serviço desta globalização da fraternidade”, assinalou D. Manuel Quintas.

O prelado lamentou a “indiferença” que cresce nas pessoas, algo “profundamente negativo nos dias de hoje” porque vê-se o mal e “quase” não se reage.

“Parece-nos já uma coisa comum. Até chegamos a banalizar situações que são gritantes e que deviam envolver-nos todos na sua solução”, frisou.

D. Manuel Quintas relembrou ainda as formas e causas da escravatura na sociedade atual e pediu que exista “consciência desta realidade” e que todos assumam, desde o primeiro dia do ano, “um compromisso” para vencer este flagelo.

“Urge investir ainda mais num trabalho conjunto” que envolva “estudos, organizações intergovernamentais e da sociedade civil”, considera o bispo do Algarve.

FD/CB

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Agência ECCLESIA

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