D. António Marcelino critica Ministério da Educação

Tratamento dado aos colégios ou escolas particulares com contrato de associação no centro das acusações D. António Marcelino, Bispo de Aveiro, criticou duramente o Ministério da Educação por causa do tratamento dado aos colégios ou escolas particulares com contrato de associação que ministram ensino gratuito, em pé de igualdade com as escolas públicas. “O Ministério da Educação, pressionado por dentro e por fora, dita de cima para baixo, parece não dar mais sentido à rede pública de ensino, por si assumida, a única com lógica, sentido e interesse nacional. Passou a inverter o rumo a favor de uma rede de ensino público, desrespeitadora dos direitos dos pais, dos interesses do Estado, do bem dos contribuintes, das responsabilidades assumidas”, diz o prelado, num artigo publicado no “Jornal de Notícias”. “Os alunos e os pais são quem menos interessa aos governantes”, atira. O texto defende que as escolas particulares não são supletivas do ensino oficial, mas um direito reconhecido. “Muitas delas permitem já aos pais a liberdade, ainda que relativa, de escolher a escola para os seus filhos, em regime de ensino gratuito e de igualdade”, refere o Bispo de Aveiro. No decorrer da sua exposição, o prelado desafia o Estado a desmentir que estas instituições são mais baratas para o Estado e vinca que “os colégios administram bem o que o Estado paga por cada aluno, que é incomparavelmente menos do que custa um aluno do mesmo ano, numa escola pública”. “É preciso que os cidadãos saibam, os sindicatos não o esqueçam e os responsáveis do Ministério não o ocultem ao país, que os colégios com contrato de associação, em geral, apresentam comparativamente resultados finais mais positivos e ficam muito mais baratos ao Estado que as escolas públicas”, acrescenta. Vários responsáveis católicos têm afirmado que o Estado tem estado a asfixiar as escolas privadas com ensino gratuito e pretende acabar mesmo, a curto prazo, com o ensino gratuito nos colégios das cidades do Centro do País. Nesse sentido, D. António Marcelino assinala que “pode criar-se uma injusta instabilidade e mesmo inviabilidade a escolas que dignificam o ensino, pondo-as em condições de não poderem responder aos encargos assumidos com os pais e professores”. O Bispo vinca que “as escolas particulares não são contra ninguém, mas nunca admitirão que estejam contra elas”. “Será porque muitas delas são da Igreja?”, conclui. Notícias relacionadas • As escolas com contratos de associação também devem ser consideradas públicas

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