Camponeses foram os responsáveis pela libertação de bispo colombiano

O Bispo colombiano D. Misael Vacca, que esteve em poder dos guerrilheiros durante três dias, atribiuiu aos habitantes da aldeia de Yopal a responsabilidade do processo que levou à sua libertação. “Tratou-se de uma verdadeira resistência civil: os habitantes da aldeia nomearam uma comissão que se encontrou connosco na estrada e explicou aos guerrilheiros que tinham de me libertar”, revelou o prelado aos jornalistas. O rapto do bispo de Yopal, D. Misael Vacca, foi o último episódio de violência na Colômbia, revelando os perigos inerentes ao papel da Igreja Católica na mediação do conflito armado neste país sul-americano, tarefa que se vem a revelar muito difícil. O rapto, levado a cabo pelo Exército de Libertação Nacional (ELN), tinha sido explicado com a vontade de o grupo guerrilheiro em transmitir uma mensagem através do prelado. D. Misael Vacca explicou, contudo, que a descoordenação entre os guerrilheiros não permitiu que essa mensagem chegasse até mim. “Pelo que me disseram, fui levado porque queriam que eu transmitisse alguma coisa ao governo, mas por algum motivo operativo a pessoa que me ia dar a mensagem não pôde aparecer, de modo que a única coisa que conseguiram foi pregar-me um grande susto”, lamenta. D. Misael Vacca, foi libertado esta terça-feira, junto de Morcote, 200 quilómetros a nordeste da capital Bogotá. O líder da diocese de Yopal fora raptado no passado Domingo pelo Exercito de Libertação Nacional (ELN), a segunda força da guerrilha no país, durante uma visita pastoral. Nos últimos 20 anos um arcebispo, um bispo e pelo menos 50 sacerdotes e três religiosas foram assassinados. Além destes, quatro bispos, 14 sacerdotes e um missionário foram sequestrados no mesmo período.

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