Portalegre-Castelo Branco: Leigos mandatados para a celebração de funerais

Bispo destaca «colaboração indispensável e preciosa», na ausência de sacerdotes

Portalegre, 15 dez 2014 (Ecclesia) – O bispo de Portalegre-Castelo Branco publicou um conjunto de orientações pastorais tendo em vista a preparação de leigos para a celebração de funerais, na ausência dos sacerdotes.

Num texto publicado no site diocesano, D. Antonino Dias frisa tratar-se de uma “colaboração indispensável e preciosa” para a comunidade católica da região e algo que vem também no seguimento do “notório e saudável” compromisso que os leigos têm assumido para com a Igreja local.

De acordo com o prelado, os leigos “exercerão este serviço não por iniciativa própria, não de uma forma geral, nem tampouco a pedido das agências funerárias”, mas sim “apenas e só, a pedido do pároco e se não houver outro ministro ordenado”.

“Mesmo quando delega, o pároco é sempre o primeiro responsável pela beleza e dignidade da celebração”, recorda D. Antonino Dias.

O bispo espera que “até ao fim do corrente ano”, cada sacerdote “escolha os candidatos” para esta missão, “de entre os leigos que já sejam ministros extraordinários da celebração dominical, na ausência de presbítero”.

“Que sejam escolhidos fiéis que, tendo em conta a sua formação e fisionomia própria de cada comunidade, se preveja que serão bem aceites no exercício deste ministério”, exorta o responsável católico.

Os candidatos admitidos iniciarão posteriormente um processo de formação “em conformidade com os critérios definidos com o Secretariado Diocesano de Liturgia”.

A preparação deverá ser não só “inicial” mas “permanente” e o bispo de Portalegre-Castelo Branco pede a todos os leigos que já orientam as exéquias a título “experimental” que “não faltem” às sessões e que partilhem a sua experiência, que será “enriquecedora” para a aprendizagem “de todos”.

D. Antonino Dias conclui a sua mensagem realçando a importância dos leigos prestarem “esta ajuda pastoral”, que corresponde sempre a um “momento tão delicado na vida das famílias”, com “a maior dignidade e proveito espiritual e evangelizador”.

Depois de concluírem a sua formação inicial, os candidatos serão depois mandatados para a celebração das exéquias, na ausência de presbítero, durante um período “de três anos”, que “poderá ser renovável”.

As orientações pastorais do bispo de Portalegre-Castelo Branco, já tornadas públicas, “seguem de perto a experiência de outras dioceses, sobretudo do Patriarcado de Lisboa”.

O prelado conta com a reflexão das comunidades católicas locais, dos grupos paroquiais para que essas orientações possam “a seu tempo, ser melhoradas”.

JCP

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Agência ECCLESIA

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