Angra do Heroísmo, Açores, 03 dez 2014 (Ecclesia) – O bispo de Angra explicou este domingo, início do Ano da Vida Consagrada, que esta consagração “diz respeito a toda a Igreja” por isso pediu que seja vivido por todos e alertou para a sua importância na sociedade.
“É necessário ir às raízes da vida consagrada e procurar viver hoje o carisma das origens. Estamos perante uma mudança estrutural da sociedade, a vida consagrada, na fidelidade ao carisma das origens, tem de encontrar maneira de o ‘encarnar’ e fazer frutificar na sociedade de hoje”, começou por alertar D. António de Sousa Braga.
O prelado explicou que o Ano da Vida Consagrada, convocado pelo Papa Francisco até 2 de fevereiro de 2016, tem três “objetivos fundamentais”: “Fazer memória agradecida do passado; abraçar o futuro com esperança” e “viver o presente com paixão”.
Este ano tem como lema “Vida Consagrada na Igreja Hoje: Evangelho, Profecia e Esperança”, e foi convocado no contexto dos 50 anos do Concílio Vaticano II e, em particular, da publicação do decreto conciliar “Perfectae Caritatis”, sobre a renovação da vida consagrada.
Durante a homilia, foram destacadas passagens da Carta Apostólica a Todos os Consagrados onde o Papa Francisco explicou os objetivos deste ano e pediu a estes homens e mulheres que sejam um modelo de fraternidade para o mundo atual.
Aos presentes na Sé de Angra, o bispo assinalou que apesar dos “problemas do envelhecimento e da falta de vocações” o Papa deixa uma palavra de “esperança no futuro”, onde o mais importante não são os números.
D. António de Sousa Braga assinalou que as “Orientações Diocesanas de Pastoral”, para 2014/15, sugeriam que na preparação para o Crisma fossem promovidos encontros com membros ou comunidades de vida consagrada e assinalou “bons” exemplos.
“Em São Miguel, há paróquias que costumam levar os grupos de crismandos a visitar as Irmãs Clarissas das Calhetas. Na Ouvidoria (arciprestado) de Ponta Delgada estão previstos encontros dos sacerdotes com os membros das comunidades religiosas e a presença de religiosas nos grupos de catequese e dos crismandos”, exemplificou.
Na Ilha Terceira, acrescentou, a Delegação da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) criou uma equipa de consagrados para “falar nas comunidades paroquiais, nos encontros de catequese, nos grupos de jovens e de casais, nas aulas EMRC”.
O sítio na internet Igreja Açores contabilizou na Diocese de Angra 15 congregações: Três masculinas e 12 femininas.
A presença masculina cabe aos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos); Ordem dos Frades Menores Franciscanos e Irmãos de São João de Deus. Por sua, a presença feminina divide-se pelas Clarissas; Congregação do Bom Pastor; Franciscanas Hospitaleiras; Irmãs da Divina Providência e Sagrada Família; as irmãs Doroteias; Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus; Irmãs Reparadoras Missionárias da Santa Face; Irmãs de São José de Cluny; Irmãs Servas da Sagrada Família; Irmãs Vitorianas; as Missionárias Reparadoras e religiosas de Maria Imaculada.
Na homilia, D. António de Sousa Braga pediu que estejam atentos às várias iniciativas previstas quer a nível da Igreja Universal, da Igreja em Portugal e da diocese, sem esquecer “a oração para que não falte” na Igreja local “o dom da vida consagrada”.
Na Sé da Diocese de Angra, o bispo recordou também que este domingo começou o tempo do Advento, de “preparação para o Natal de Jesus”, e pediu aos fiéis que vigiem “para o acolher” e também aos “irmãos”, sendo “próximo”.
CB/OC