Francisco manifestou solidariedade aos familiares de estudantes assassinados no México
Cidade do Vaticano, 12 nov 2014 (Ecclesia) – O Papa recordou hoje no Vaticano os 43 estudantes que desapareceram no México a 26 de setembro, que terão sido queimados vivos por narcotraficantes, e todas as vítimas do tráfico de droga.
“Quero manifestar aos mexicanos, aos que estão aqui presentes e aos que estão na sua pátria, a minha proximidade neste momento de desaparecimento legal – mas sabemos que de assassinato – dos estudantes”, declarou Francisco, na audiência pública semanal que decorreu na Praça de São Pedro.
Os estudantes, com idades entre os 18 e os 23 anos, desapareceram no meio de confrontos que envolveram a polícia municipal de Iguala e membros do cartel ‘Guerreros Unidos’, que deixaram seis mortos.
“Torna-se visível a realidade dramática de toda a criminalidade que está por trás do comércio e do tráfico de drogas. Estou próximo de vós e das vossas famílias”, referiu o Papa.
A intervenção, em espanhol, assinalou ainda o 30.º aniversário do tratado de paz entre Chile e Argentina que evitou uma guerra por causa do conflito do Canal de Beagle, agradecendo a mediação do Papa São João Paulo II.
“Oxalá que todos os povos com conflitos de qualquer índole, sejam limítrofes ou culturais, procurem soluciona-los na mesa do diálogo e não na crueldade de uma guerra”, apelou.
Francisco recordou ainda as famílias das pessoas desaparecidas e todos quantos perderam entes queridos em acidentes rodoviários.
Como tradicionalmente, o Papa deixou uma saudação aos peregrinos lusófonos presentes na Praça de São Pedro: “Não nos cansemos de vigiar sobre os nossos pensamentos e atitudes para saborear desde já o calor e o esplendor do rosto de Deus, que havemos de contemplar em toda a sua beleza na vida eterna. Desça, generosa, a sua Bênção sobre vós e vossas famílias”.
OC