Seminários: Padre atual tem de ser «perito em humanidade» e um «apaixonado» por Cristo

Apelo do bispo da Guarda, D. Manuel Felício

Guarda, 06 nov 2014 (Ecclesia) – O bispo da Guarda abordou o “perfil” do padre que a Igreja Católica quer formar e enviar à sociedade, numa nota pastoral inserida na Semana dos Seminários que vai decorrer entre 9 e 16 deste mês.

No texto, enviado à Agência ECCLESIA, D. Manuel Felício frisa que o sacerdote atual tem de ser um “perito em humanidade”, estar “verdadeiramente apaixonado pela pessoa de Cristo e o seu Evangelho” e disposto a “dar a vida” pela “alegria” e “salvação” de todos os “homens e mulheres do seu tempo”.

“Padres que sejam autênticos discípulos e pastores, segundo o coração de Cristo”, sublinha o prelado.

Neste contexto, os Seminários, “mais do que um espaço físico”, têm de ser “comunidade dos discípulos que se entusiasmam a aprender com o Mestre e se deixam conduzir por Ele”.

O bispo da Guarda destaca a importância de ensinar aos seminaristas o gosto pela oração, pela “escuta atenta” do Evangelho, pela participação “diária” na eucaristia, onde está “o alimento necessário para a caminhada da Fé”.

Aponta ainda para a necessidade de ajudar os candidatos ao sacerdócio a ganharem “consciência das suas capacidades e limitações e mesmo dos erros que é necessário corrigir”.

“O Seminário há-de ser também espaço onde se cultivam as virtudes humanas, tais como a cooperação, a sinceridade e transparência de vida, o sentido da partilha, a experiência de vida comunitária, o gosto pelo trabalho e mesmo pela disciplina de vida pessoal”, sustenta D. Manuel Felício.

Quanto à formação teológica, a realidade atual da Igreja Católica, caraterizada pela escassez de vocações, tem obrigado a que várias dioceses tenham os seus seminaristas a estudar nos grandes centros urbanos.

É o caso da Diocese da Guarda, cujos candidatos ao sacerdócio estudam atualmente na Faculdade de Teologia de Braga, integrados no Seminário Interdiocesano que ali foi constituído.

Apesar das “profundas mudanças” que têm sofrido os seminários “sobretudo nas últimas décadas, o bispo da Guarda realça que “permanece a vontade” de que a formação dada aos futuros sacerdotes vá ao encontro da “qualidade que a Igreja pretende e as comunidades cristãs e a própria sociedade precisam”.

D. Manuel Felício recorda no entanto que a busca de mais e melhores vocações sacerdotais não é apenas uma missão da Igreja mas de todas as comunidades e famílias, de quem “é legítimo e cada vez mais necessário esperar uma estreita cooperação”.

A Semana dos Seminários tem este ano como tema “Servidores da Alegria do Evangelho”.

JCP

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