Fátima, Santarém, 05 nov 2014 (Ecclesia) – O diretor do Secretariado da Pastoral da Diocese de Lamego explicou que a dinâmica de renovação pastoral desta Igreja passa, por exemplo, por motivar os sacerdotes para a missão, por cartas pastorais anuais e pelo envolvimento dos leigos.
“Primeiro criamos organismos dando a possibilidade aos leigos de participar na elaboração das propostas pastorais e depois na sua execução”, explicou o cónego José Manuel Pereira de Melo, na reunião promovida pela Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização que debateu a renovação pastoral, com base no documento – Promover a renovação da Pastoral da Igreja em Portugal -, esta terça-feira em Fátima.
À Agência ECCLESIA, o sacerdote revelou que na Diocese de Lamego procuram criar nas ações pastorais que “não sejam só desenvolvidas na igreja, no espaço eclesial” mas noutros espaços promovendo também convívios ou “indo ao encontro das famílias”.
Outra iniciativa foi a criação de quatro grupos temáticos nos arciprestados dedicados à liturgia, catequese; caridade e família, com o objetivo de promoverem ações que não se cinjam apenas à realidade das paróquias.
“É promover uma ação pastoral a partir dos arciprestados envolvendo um conjunto de paróquias mais amplo”, disse.
O bispo de Lamego, D. António Couto, impulsiona também a vida da diocese com a publicação anualmente de uma carta pastoral que, partiu de uma primeira que tinha por base “construir a casa da fé e do Evangelho” e, atualmente centram-se no imperativo “Ide”.
“Para o ano que vem o ‘Ide’ relacionado com a oração, a Igreja casa de oração, e depois o ‘ide’ e construí a Igreja ligada à palavra de Deus e à catequese”, adianta o cónego José Manuel Pereira de Melo.
Na diocese foi criado também o dia do sacerdote porque os padres, “elemento essencial” no processo pastoral, precisam de “estar motivados, sensibilizados e sentir gosto” pela missão” que também se realiza em conjunto e “adquire no bom relacionamento”, comenta o cónego José Manuel Pereira de Melo.
O sacerdote destaca ainda que “a idade dos padres é bastante nova” e há uma “relativa abundância”.
Segundo o responsável “é um dado curioso” que nesta diocese do interior de Portugal “com um processo de envelhecimento e desertificação acentuados” onde os jovens procuram trabalho e continuam os estudos noutras regiões “ainda se consegue bastante movimentação nas paróquias a partir dos jovens”.
Sacerdote há 35 anos, o cónego José Manuel Pereira de Melo considera que os agentes pastorais têm de “deixar uma ação pastoral centrada só na Igreja e ambiente religioso” e conseguir uma “ação diversificada ao alcance de todos”.
“Portanto, aqueles que são agentes pastorais e estão convencidos da sua fé terem a coragem de comunicar aos outros, com iniciativas adequadas”, observa o responsável que alerta que “Deus continua no coração de todos, mesmo os que parecem distantes e com ideias erradas em relação ao âmbito eclesial”.
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