Papa pediu orações pela «cidade santa» Jerusalém
Cidade do Vaticano, 01 nov 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco lembrou hoje a comunhão que os cristãos devem sentir com todos aqueles que já morreram mas que "no céu", "rezam" e "sustêm" o caminho dos que estão na terra.
"É reconfortante saber que os nossos irmãos que estão já no céu, entendem-nos e rezam por nós, para que juntos possamos completar o rosto glorioso e misericordioso do Pai", afirmou o Papa, esta manhã, na Praça de São Pedro, nas palavras que antecederam a oração do Angelus, neste dia em que a Igreja católica assinala a celebração de Todos os Santos.
Para Francisco, a liturgia recorda hoje "homens e mulheres comuns, simples, últimos para o mundo mas primeiros para Deus" que completam "uma ligação indestrutível" entre os que vivem na terra e "aqueles que cruzaram o limiar da morte".
Esta "solenidade ajuda-nos a considerar uma verdade fundamental da fé cristã, que professamos no Credo: a comunhão dos santos. É uma comunhão que nasce da fé e une todos aqueles que pertencem a Cristo pelo batismo" que "não é quebrada pela morte, mas prossegue numa outra vida".
Esta ligação, sugere Francisco, ganha uma "maravilhosa expressão" na Eucaristia.
"Na Eucaristia encontramos Jesus vivo e a sua força, e através dele nós entramos na comunhão com os nossos irmãos na fé: aqueles que vivem connosco aqui na terra e os que os precederam na outra vida, na vida sem fim".
Para todos os que visitam os cemitérios deve ser um "motivo de grande consolação pensar que eles estão na companhia da Virgem Maria, dos apóstolos, os mártires e de todos os santos do paraíso".
O Papa pediu orações pela "cidade santa", Jerusalém.
"Convido-vos a rezar pela cidade santa, tão cara a judeus, muçulmanos e cristãos, que neste momento é alvo de diversa tensão: que ela possa antecipar a paz que Deus deseja para toda a família humana".
O Papa lembrou ainda a proclamação hoje do beato espanhol Pedro Asúa Mendía, "sacerdote humilde que pregou o evangelho com santidade de vida e a dedicação aos pobres e aos necessitados".
"Preso, torturado e morto por ter manifestado a sua vontade de permanecer fiel ao Senhor e à Igreja, representa para nós um admirável exemplo de fortaleza na fé e no testemunho da caridade".
Hoje Francisco celebra ainda pelas 15 horas (16 horas em Roma), uma eucaristia em memória dos defuntos no cemitério de «Campo Verano».
"Ao visitar o principal cemitério de Roma, quero manifesta a intenção de me unir espiritualmente a todos quantos, por estes dias e em todo o mundo, se dirigem aos cemitérios".
LS