Brasil: Arcebispo de Belo Horizonte pede que eleições presidenciais promovam «bem comum»

Belo Horizonte, Brasil, 24 out 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Belo Horizonte, no Brasil, alertou que “não basta vencer” as eleições presidenciais de domingo porque a “verdadeira conquista”, muito mais difícil de alcançar, é o “bem do povo”, principalmente dos marginalizados.

“Diante de todos está o desafio do crescimento económico, de se atender a demandas de infraestruturas e da libertação da máquina pública das garras ferozes dos que dela se apossam, nos diversos níveis, instâncias e lugares incapacitando-a no atendimento da sua finalidade – o zelo e a garantia do bem comum”, escreveu D. Walmor Oliveira de Azevedo, num artigo de opinião publicado pela página da Conferência Nacional de Bispos do Brasil.

Por isso, o prelado alerta que nas eleições presidenciais brasileiras deste domingo a vitória é o bem “particularmente dos mais pobres e sofredores, enjaulados em condições indignas de vida, privados de direitos fundamentais”.

O arcebispo de Belo Horizonte comenta que as “exigências e os desafios” fazem com que a ida às mesas de voto “exige responsabilidade” de cada eleitor e que merece reflexões, como: “O peso da interrogação no ar” pela tendência do eleitorado na primeira volta; “a indecisão de muitos e a divisão equiparada das opiniões”.

“Particularmente, o eleitor deve buscar quem é capaz de superar a famigerada desigualdade social que ainda rege violentamente a sociedade brasileira”, alerta D. Walmor Oliveira de Azevedo.

Para o arcebispo existem dois aspetos que também merecem reflexão, a “qualidade do processo de escolha” porque os eleitores “não podem” deixar-se influenciar pelos resultados de pesquisas de intenção de voto que têm revelado “muitas fragilidades e limitações”.

O outro aspeto esmiuçado pelo arcebispo de Belo Horizonte é a “carência” de líderes com “perfis mais enriquecidos”, situação que atualmente agrava o cenário eleitoral.

“Torna-se cada vez mais comum encontrar nas instituições públicas pessoas que não se comprometem com o bem da sociedade e com a superação do sofrimento dos mais pobres”, alerta D. Walmor Oliveira de Azevedo que considera que os políticos trabalham pelas “suas necessidades” e não em representação do povo.

CB

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