Igreja: Escassez de vocações está relacionada com a falta de «comunidades suficientemente amadurecidas na fé»

D. José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda, falou durante fórum nacional do setor

Fátima, Santarém, 27 out 2014 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda e vogal da Comissão Episcopal para as Vocações e Ministérios afirmou que o testemunho e formação das comunidades cristãs são ferramentas essenciais para o sucesso da proposta vocacional.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, no âmbito do Fórum das Vocações que decorreu em Fátima, D. José Cordeiro sublinhou que toda a vocação na Igreja Católica tem como “raiz” a “vocação batismal, cristã”.

“Se calhar Portugal não tem vocações porque não tem comunidades suficientemente amadurecidas na fé e porque faltam adultos na fé que acompanhem e proponham com credibilidade os caminhos do Evangelho”, sustentou.

O bispo de Bragança-Miranda recordou que a pastoral vocacional não envolve apenas “bispos, padres, religiosos ou leigos consagrados”.

As famílias também são chamadas a participar neste esforço, a partir de uma vivência centrada “em Cristo” e numa “experiência séria, coerente, alegre, feliz e autêntica do Evangelho”.

“Não se trata de marketing, de estratégias, a Igreja não é uma empresa, nem sequer é um movimento, é uma comunidade de vida. E o testemunho, a autenticidade e a simplicidade de vida é que há de cativar outros a seguir o mesmo”, reforçou D. José Cordeiro.

O Fórum Nacional das Vocações, organizado pela Comissão Episcopal Vocações e Ministérios, foi dedicado ao tema ‘Bem-aventurados sois vós’.

Em Fátima estiveram responsáveis dos diversos Secretariados Diocesanos da Pastoral Vocacional e Institutos Religiosos e Seculares, e ainda membros de outros organismos com especiais responsabilidades na educação da fé, como catequistas, professores da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica e animadores de jovens

“A partir das bem-aventuranças quisemos dizer que a vocação não é um estado, é Deus, ele é que é o sujeito da vocação. Da nossa parte é a resposta, uma resposta fiel e coerente, e fazer a proposta nesta opção preferencial pelos jovens, que são aqueles que andam à busca de um sentido para a sua vida”, concluiu o bispo de Bragança-Miranda.

PR/JCP

 
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