Tríptico Romano

É um livro inédito na vida do Papa João Paulo II. Teólogo e filósofo, Karol Woytila é também escritor e poeta. Na Polónia, publicou muitos livros e encontrou inspiração para outros tantos versos. No seu pontificado, terá dito que não tencionava escrever poesia. E assim aconteceu até ao verão do ano passado. Joaquín Navarro-Valls garantiu que os versos agora publicados foram escritos há “poucos meses”. Na sessão de apresentação do livro “Tríptico Romano – Meditações”, o Director da Sala de Imprensa da Santa Sé informou que a redacção dos poemas data-se, concretamente, do período entre a viagem apostólica que João Paulo II efectuou à Polónia, em Agosto último, e o Natal. Escrito em polaco, o livro “Tríptico Romano – meditações” percorre as questões da vida, da vida do Papa, desde a sua eleição até à sua sucessão. Dividido em três partes, João Paulo II medita, neste livro, sobre a natureza; depois, na segunda parte, sobre o mistério da morte e do além, onde as evocações da Capela Sistina e as pinturas de Miguel Ângelo são constantes; e, na terceira parte, o Papa evoca as “raízes da Fé” a partir da experiência de Abraão. Na poesia de João Paulo II cruzam-se contextos e experiências pessoais vividas em Roma e na Polónia. A filosofia e a teologia sustentam o denso significado que cada verso encerra, sugerindo análises profundas do texto de João Paulo II. Certa parece ser a evocação da eleição do próximo Papa. João Paulo II, na segunda parte do “Tríptico”, refere o local onde os cardeais se reúnem em Conclave. Recorda o ano dos dois conclaves, quando foi eleito, e aponta para a realização do próximo. Escreve o Papa João Paulo II: “Assim foi em Agosto, / e logo em Outubro do ano memorável / dos dois conclaves, / e assim será de novo, / quando se tornar necessário / depois da minha morte”.

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