Lisboa, 07 out 2014 (Ecclesia) – O arcebispo caldeu de Erbil, Bashar Warda, lamenta a inatividade do Governo iraquiano perante o drama dos 120 mil cristãos que já tiveram de abandonar o território, devido à perseguição do Estado Islâmico.
Em declarações à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, publicadas hoje, aquele responsável diz que até agora o poder central de Bagdade “não fez nada, absolutamente nada” para ajudar as pessoas que tiveram de abandonar as suas casas e passar a viver como refugiadas.
Para o arcebispo, esta atitude do poder político é ainda mais estranha quando se sabe que o Iraque já “recebeu muita ajuda da comunidade internacional para as pessoas deslocadas de Mossul e Nínive”.
No entanto, até agora “não houve nenhum sinal disso aqui”, adianta Bashar Warda, acusando ainda o governo iraquiano de discriminar os refugiados cristãos, face aos “muçulmanos” na mesma situação.
A Fundação Ajuda a Igreja que Sofre convocou para hoje uma nova jornada de oração pelas vítimas do Estado Islâmico, em particular no Iraque e na Síria.
O arcebispo de Erbil aproveita a ocasião para agradecer “as vozes de solidariedade” que se têm feito ouvir “nestes dias de tragédia” e o esforço das organizações humanitárias no fornecimento de “alimentos, alojamento, tendas, medicamentos e roupa para os cristãos deslocados”.
AIS/JCP