Coimbra: Diocese atenta aos que «estão nas margens da fé»

Catequese de adultos é aposta para o novo ano pastoral

Coimbra, 06 out 2014 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, deu este domingo início ao novo ano pastoral na diocese, que dará atenção especial à formação ou reintrodução de adultos na fé.

Em declarações concedidas à Agência ECCLESIA, o prelado destacou a importância do projeto numa época em que “tantas pessoas perderam a fé, estão nas margens da fé, precisam de um reencontro”.

“A Igreja não pode ficar parada nem à espera que os acontecimentos se vão sucedendo”, salientou o responsável católico, para quem o tempo de “falar” em “catequese de adultos” já passou, agora é preciso avançar de facto com uma “estratégia” que vá ao encontro dos desafios.

No caso da Diocese de Coimbra, a implementação do projeto está a cargo de “uma equipa integrada no Secretariado Diocesano de Evangelização e Catequese”, que está a preparar catequistas para que estejam aptos a acompanhar e ajudar adultos na sua “caminhada” de fé.

O ano pastoral 2014-2015 tem como tema “Comunidade de Discípulos Missionários” e vai ao encontro do convite que o Papa Francisco deixou na exortação apostólica “A alegria do Evangelho”, para que a Igreja Católica seja uma força evangelizadora permanentemente em “saída”, promotora do “encontro”, sobretudo com as periferias da sociedade.

“Não há discípulo que não seja missionário, temos de formar os cristãos numa e noutra dimensão”, reforçou D. Virgílio Antunes.

Integrada no lançamento do novo ano pastoral, decorreu na Universidade de Coimbra uma assembleia com representantes das várias paróquias da diocese, orientada pelo cónego António Janela, do Patriarcado de Lisboa.

Durante esse encontro, o sacerdote refletiu sobre o tema “A Comunidade e a corresponsabilidade”, com o intuito de mobilizar os participantes a serem, no meio das suas paróquias, motores da nova dinâmica formativa, evangelizadora e missionário que a Diocese de Coimbra pretende implementar.

“Comunidade e evangelização são duas dimensões da vida de Igreja que se integram, se entrelaçam e daí depois virá a corresponsabilidade, porque não há corresponsabilidade se não houver verdadeiramente espírito e vivência comunitária”, apontou.

Para o cónego António Janela, mais do que “gente da Igreja”, os cristãos têm que ter hoje a capacidade de ser “Igreja para as gentes”.

“Esta tomada de consciência pressupõe cristãos adultos, não quer dizer muito doutrinados, teólogos, mas cristãos que vivam este encontro pessoal com Jesus Cristo na comunidade cristã”, complementou.

O início do ano pastoral na Diocese de Coimbra foi marcado ainda pela tomada de posse dos novos conselhos pastorais arciprestais, durante uma missa na Sé Nova presidida por D. Virgílio Antunes.

HM/JCP

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