D. António Francisco dos Santos celebrou memória e testemunho dos seus predecessores
Porto, 30 set 2014 (Ecclesia) – O bispo do Porto presidiu esta segunda-feira à Eucaristia anual em memória dos que serviram a diocese – bispos, sacerdotes e diáconos – e destacou o exemplo e testemunho de “homens livres e generosos” que serviram esta Igreja diocesana.
“Faz-nos bem recordar, na memória e na gratidão, os nossos bispos que já partiram ao encontro de Deus e, através deles, todos quantos nos precederam na vida, na fé e na missão ao serviço da Igreja do Porto”, disse D. António Francisco dos Santos, numa homilia publicada hoje pela diocese nortenha.
Para o atual bispo diocesano, quem o precedeu nesta Igreja local em períodos de civilização e momentos de cultura “tão diferentes” soube ser “sinal de salvação para o mundo, anúncio corajoso do Evangelho, alimento de pão partilhado com os pobres e esperança multiplicada com os que sofrem”.
Esta cerimónia anual, instituída por D. António Francisco dos Santos, foi celebrada no quarto aniversário da morte de D. Armindo Lopes Coelho, que serviu a diocese entre 1997 e 2006.
O bispo do Porto destacou que o testemunho dos anteriores responsáveis da diocese é “fonte de sabedoria e modelo de santidade” que deve iluminar a inteligência dos crentes, orientar a vida das comunidades e “estabelecer pontes de diálogo entre a fé e a cultura, entre a Igreja e a sociedade”.
Os prelados já falecidos foram recordados como “homens livres e generosos” que mesmo chegando à Diocese do Porto depois de um “caminho andado e com trabalho feito” se mostraram disponíveis para começar de novo, “como se esta fosse a sua primeira e definitiva missão”.
“Muitas vezes fizeram do sofrimento e do silêncio a escola da compaixão e da caridade e da ousadia pastoral e do exílio um hino de liberdade, que abriu o caminho ao futuro da Igreja e de Portugal”, desenvolveu.
Apresentados como “testemunhas de memória e de profecia”, segundo D. António Francisco dos Santos, os bispos “legaram” os sonhos de Deus para esta Igreja diocesana e “desenharam” o seu rumo acolhedor, orante, dinâmico e servidor das grandes causas da Humanidade.
“Uma Igreja decidida e preparada para fazer ‘da alegria do evangelho a nossa missão”, como é nosso lema pastoral para este ano”, acrescentou.
Neles, a Igreja do Porto também encontrou “sempre” o “vínculo da unidade e da comunhão” com o bispo de Roma e o “sinal da caridade e da fraternidade entre todos os seus membros”.
D. António Francisco dos Santos nesta celebração para além dos bispos recordou também sacerdotes e diáconos de quem na diocese guardam “o nome, a memória e o exemplo”.
CB/OC