D. Antonino Dias vê próxima assembleia extraordinária de bispos com «esperança e alegria»
Abrantes, Santarém, 30 set 2014 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF) vê com “esperança e alegria” a assembleia extraordinária dos bispos dedicada à família porque “há uma estratégia e caminhos pastorais” para “minimizar o sofrimento das pessoas”.
“Toda a aposta na família é muito importante e tudo o quanto se fizer pela família é sempre muito pouco para aquilo que merece”, explicou D. Antonino Dias, para quem o Sínodo que se inicia este domingo vai abordar “temas que são importantes”.
O bispo de Portalegre-Castelo Branco assinalou à Agência ECCLESIA que “só por este facto de reflexão já seria importante este sínodo e assembleia extraordinária dos bispos” e mostrou-se convencido de que “não vai ser a doutrina que vai mudar”.
“Há uma estratégia e caminhos pastorais que podem ajudar a minimizar o sofrimento das pessoas que se encontram em cada esquina na vida”, precisa.
O presidente da CELF, da Conferência Episcopal Portuguesa, assinala que a Igreja “entende e sempre entendeu que a família é base sólida da sociedade” e se esta está doente, a sociedade também está.
“É preciso apostar numa família que sinta a alegria de viver, que acaba por ser sempre o primeiro espaço de sociabilização, de educação, de solidariedade, de partilha no sentido da gratuidade num espaço que educa para a vida”, desenvolveu D. Antonino Dias.
O próximo Sínodo tem como tema os “desafios pastorais sobre a família” e será seguido por uma assembleia ordinária em 2015; só após a conclusão destes dois momentos serão apresentadas propostas a Francisco, a partir das quais poderá redigir uma exortação apostólica.
O presidente da CELF comenta também que a Igreja vai fazer “tudo o que possa” para que as “pessoas entendam que caminha com elas” mas alerta não prometem “aquilo que não lhes pode dar”, apenas “tudo que seja possível e seja fiel à mensagem de Jesus Cristo”.
O inquérito preparatório que foi enviado a 114 Conferências Episcopais dos cinco continentes e que os fiéis responderam motivou reflexão e D. Antonino Dias considera que alguns setores podem ver defraudadas as expectativas que possam ter sido criadas, porque “não são os princípios que têm de se adaptar à forma de viver de cada um”, mas o contrário.
“Algumas pessoas são capazes de se sentirem frustradas porque estariam a pensar que estas temáticas também vão pela democracia, foi a maioria que disse, mas não entra muito por ai embora também tenha o seu valor e o seu peso”, desenvolveu.
O Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia consultiva de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, a que se juntam peritos e outros convidados, com a tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja.
Até hoje houve 13 assembleias gerais ordinárias e duas extraordinárias: a primeira em outubro de 1969, para debater a cooperação entre a Santa Sé e as Conferências Episcopais; a segunda em 1985, pelo 20.º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II.
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