Assembleia diocesana decorreu em Abrantes
Abrantes, Santarém, 29 set 2014 (Ecclesia) – O bispo de Portalegre-Castelo Branco destacou que os seus diocesanos o desafiam à “proximidade” para dar a conhecer a “Palavra e Jesus Cristo”.
“O desafio principal é a proximidade que procuro ter de estar sempre presente em tudo o que acontece na diocese, tanto quanto possível, porque é uma diocese dispersa”, explica D. Antonino Dias, à margem da Assembleia Diocesana, que decorreu em Abrantes.
À Agência ECCLESIA, o prelado revela que privilegia o contacto com as pessoas, as visitas pastorais, porque “as cartas pastorais ninguém as lê, não se refletem e há uma certa tendência para não o fazer”.
O bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco assinala que “a Igreja existe para evangelizar” e é esta a realidade que os seus diocesanos pedem conforme foi apresentado pelos grupos de reflexão sinodal.
“Uma das questões que nos apresentaram, e era bastante geral, é a necessidade de formação e isso preocupa-nos muito porque ninguém ama aquilo que não conhece”, conta D. Antonino Dias, para quem o desconhecimento da Palavra e de Jesus Cristo origina uma “vida rotineira”.
“Se as pessoas não conhecem instalam-se e podem julgar-se donas da verdade. Este desconhecimento é uma certa pobreza”, acrescenta.
O IV Sínodo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco foi anunciado a 5 de outubro de 2011 como um caminho de três anos e o prelado explica que “não quer atropelos”, por isso, ainda não assume conclusões “que estão em debate” e a comissões sinodais ainda estão a trabalhar na “redação dos documentos finais”.
“Sinto a gente com entusiasmo e esperança que gritamos uns aos outros e procuramos dar as mãos para prosseguir”, acrescenta.
Para o novo ano pastoral o bispo diocesano explica que precisavam de “um ponto de referência comum” para agirem “pastoralmente”, para a “evangelização” e recuperaram a Carta Pastoral “‘Cinco pães e dois peixes ‘ três anos depois”, de 2012, porque “nunca foi de facto agarrada com entusiasmo”.
Sobre a vivência do sínodo, o diretor do Secretariado da Pastoral, comenta que “é natural que alguém que se entusiasme com a possibilidade de poder participar, ter voz ativa, dizer o que sente, pensa, como vê o mundo”.
O padre Nuno Folgado, na Assembleia Diocesana realizada este sábado em Abrantes, apresentou objetivos gerais que “servem para todos os fiéis”, que são o “norte da vida da Igreja durante este ano” e destaca dois aspetos: A nova evangelização/missão e os ministérios e a formação.
“Nós vivemos uma Igreja desertificada, com pouca gente, mas tem sido ocasião para descobrir a riqueza dos ministérios laicais”, revela o diretor do Secretariado da Pastoral que considera que a formação e ministérios “possibilitam” a vida na Igreja, nas comunidades.
Sobre Nova Evangelização e Missão, o padre Nuno Folgado, destaca que vivem “num mundo secularizado”, que não conhece Jesus Cristo e não tem ritmo de Igreja mas “espera e olha para a Igreja desafiante e espera uma palavra”.
O leigo Ricardo Farinha é o novo diretor do Secretariado da Pastoral Juvenil e Vocacional e explica que esta escolha é também uma aposta na mudança para “falar mais com a imagem e com o que os jovens entendem” sem esquecer Jesus.
“O essencial é mostrar este Cristo independentemente da linguagem que utilizamos e o principal objetivo é que sejam responsáveis como jovens adultos e participem e possam estar comprometidos com a Igreja”, desenvolve.
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