Médio Oriente: Missão da Cáritas é ajudar as populações e «dar-lhes esperança» sublinha secretário-geral

Lisboa, 19 set 2014 (Ecclesia) – A Caritas Internationalis realizou um encontro com os líderes da Cáritas para analisar a atual realidade vivida no Médio Oriente – Gaza, Iraque e Síria – que está “politraumatizado e em “tratamento intensivo”, avança a instituição em Portugal.

Os responsáveis da Cáritas concluíram que existe a necessidade de uma intervenção regional, nacional e internacional que chame a atenção para a urgência de um caminho para o Médio Oriente “onde a dignidade e os direitos humanos sejam respeitados, e cada um tem a liberdade de viver em paz com seus vizinhos."

O futuro, acrescenta a Cáritas Portugal que acompanhou a reunião, “passa pela construção de comunidades mais resilientes” sendo determinante “alcançar a reconciliação inter-religiosa e desenvolver a capacitação das comunidades”.

É igualmente necessário o fortalecimento das organizações nacionais da Cáritas e “um trabalho mais estreito com a Igreja Universal e, naturalmente, outros grupos religiosos”, concluíram em Roma.

O secretário-geral da Caritas Internacional, Michel Roy, sublinhou que a missão da Cáritas é prestar ajuda às populações e “dar-lhes esperança”

Neste encontro de dois dias foram ouvidos os responsáveis das Cáritas do Médio Oriente – Gaza, Iraque e Síria – e dos países vizinhos Líbano, Jordânia, Turquia e Egito que também vivem estes conflitos regionais.

"Este fórum vai ajudar-nos a fortalecer a nossa ajuda humanitária, o que permitirá defender melhor a dignidade de todos os seres humanos e a promoção da paz e da reconciliação baseada na mensagem cristão de amor ao próximo", disse o presidente da Cáritas do Chipre, arcebispo Youssef Soueif, no final do encontro.

O ex-ministro do governo do Libano, Damianos Kattar, que foi um dos oradores principais, explicou que “as necessidades são tão avassaladora que conhecê-las a todas é quase impossível”, informa a Cáritas portuguesa.

O responsável assinalou que se a guerra terminasse hoje na Síria, a sua reconstrução poderia chegar aos 100 mil milhões de dólares num período entre 15 a 25 anos.

Damianos Kattar, alertou também para a “limpeza étnica e religiosa generalizada” nesta região e no Iraque e assinalou que os palestinos vivem uma “prisão aberta”, em Gaza, onde lhes é negada a dignidade, terra e direitos nos territórios ocupados, divulga a Cáritas Portugal.

CB/OC

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